Desporto, moda e glamour juntaram-se no Centro Cultural de Belém para a cerimónia de entrega dos «Laureus World Sports Awards» e pode dizer-se que não é por acaso que lhe chamam os óscares do desporto. Passadeira vermelha, famosos que desfilam para os flashes de centenas de jornalistas, sejam eles desportistas, políticos, modelos, actores e gente do jet-set em geral, todos mostraram o seu «melhor fatinho» no passeio da fama.
Houve de tudo um pouco. Desde as disputas para aparecer na foto e o cavalheirismo, por exemplo, do seleccionador nacional, que não quis ofuscar o brilho de uma jovem loira e esperou que os fotógrafos acabassem de registar o momento. Scolari ainda ameaçou mostrar a perna, tal como algumas senhoras mais ousadas que levantaram o vestido ou desviaram o tecido para colocar o corpo a nu.
A entrada de Rachel Hunter, a co-apresentadora do evento, não deixou ninguém indiferente. Que o diga McCarthy, que até se atrapalhou durante uma resposta que dava aos jornalistas sobre a possível saída de Mourinho. O sul-africano soltou algumas gargalhadas ao reparar na reacção que a ex-modelo neozelandesa provocou entre a população masculina presente... incluindo ele próprio. «Quem é?», interrogou logo que terminou o seu discurso.
Mas não foram só as senhoras a chegar digamos que... pouco vestidas. O piloto de Fórmula 1, David Coulthard, substituiu as calças do smoking por um kilt e passeou-o orgulhosamente pela passadeira vermelha.
A informação de que João Vieira Pinto iria estar presente correu entre os responsáveis da comunicação social. E logo se levantou a dúvida : «Será que vem com a Marisa Cruz?» Desiludidos ficaram por certo os jornalistas da imprensa cor-de-rosa ao verem que o jogador do Sporting não entrou com qualquer companhia feminina e que a modelo chegou com a estilista Fátima Lopes e o seu marido.
Michael Douglas trocou Hollywood por Portugal e surpreendeu os presentes ao dizer que fazia «figas por Portugal e pelo F.C. Porto». De repente, temos a sensação de que estivemos perto do actor por várias ocasiães e que a sua presenca não é assim tão estranha. O responsável por esta ideia de proximidade é, por certo, o próprio, com as muitas personagens que já interpretou.
Nota negativa só mesmo para a organização. Um evento desta natureza é complicado de gerir e talvez ainda o seja mais numa altura em que a conjuntura da política mundial é, de alguma forma, instável. Mas foi mau. Muito mau mesmo. Há o costume de criticar tudo o que é organizado pelos portugueses, até porque organização não é o nosso forte, vale-nos a capacidade de improvisação. Talvez por isso esperava-se maior eficiência desta organização.