Dez. Não é só um número, é muito mais do que isso: é um estado de alma.

Ser dez é ser genuíno por convicção, é ser purista por princípio, é ser enfim talento dos pés à cabeça. Ser dez é ser futebol sem reservas.

Ser dez é ser Maradona e jogar de bola colada ao pé. É ser Rui Costa e jogar de cabeça levantada. É ser Zidane e dançar no relvado. Ser dez é ser Ronaldinho... e sorrir.

Ser dez é tudo.

Ora neste dia, neste domingo, 10/10/10, o dez triplica-se como só voltará a fazer daqui a cem anos. O que é uma boa razão para deixarmos o futebol agitar-se na camisola deles e nos nossos olhos.

Lembrar os craques que marcaram o futebol como o conhecemos, os dez que nos fizeram sonhar, os instantes que nunca esquecemos.

- Maradona, um velho amigo (PJC)

- Bergkamp, you will always be the number ten for me (SP)

- «Zizou», a ti perdoo tudo! (NT)

- Balakov e aquele golo no Bonfim (RG)

- Deco, o tal que é melhor que o Pelé... (JTF)

- Os dezes e os deuses, genótipo de um número

Numa altura em que o futebol moderno está a matar os dez, cada vez mais transformados em oito, em sete ou em onze, impedidos de ser apenas isso, um dez, com toda a rebeldia que ser um dez significa, vale a pena viajar às reservas da memória e recordar os dez que nos apaixonaram pelo futebol.

Vale a pena ser outra vez criança e sair para a rua de bola nos pés, a imaginar desenhar no chão os passos que eram só deles.

Por isso batemos a porta de casa, voltámos a ser adeptos e a ficar pregados ao talento: recordámos enfim os craques que nos fizeram sonhar. Em comum apenas uma coisa, o mesmo número nas costas.

Para terminar vamos fazer um exercício, leitor. Pegamos no número dez e escrevemos em numerário.

10

Inspirador, não é? Pronto, o resto do espaço é todo seu.