Os brasileiros choram a morte de Djalma Santos, falecido terça à noite, após sofrer uma paragem cardio-respiratória.



O corpo do bicampeão mundial pela Seleção Brasileira está em câmara ardente, sendo que o seu funeral às 16 horas de Brasília (20h de Lisboa).

A Prefeitura da cidade de Uberaba, Minas Gerais, anunciou luto oficial de três dias.

O corpo de Djalma Santos seguirá em cortejo fúnebre do Salão Nobre da Câmara Municipal de Uberaba até ao Cemitério São João Batista, durante meia hora.

Campeão mundial em 1958 e 1962, Djalma Santos foi, para muitos, o «melhor lateral-direito de todos os tempos».

Djalma Santos foi ídolo nas suas passagens por Portuguesa, Palmeiras e Atlético Paranaense. A estreia pela Lusa ocorreu aos 19 anos, quando atuou ao lado de Julinho Botelho e Brandãozinho na derrota por 3 a 2 para o Santos, em novembro de 1948.

O começo de carreira frustrante de Djalma Santos como médio teve reviravolta positiva quando foi deslocado para a lateral direita e passou mais de uma década na Portuguesa. «Durante 11 anos joguei na Portuguesa e não fui campeão paulista. Sempre torço para a Portuguesinha um dia chegar lá. Ela merece», disse Djalma, quando deixou os relvados. Em 1959 foi negociado com o Palmeiras e passou a fazer parte de um dos melhores plantéis do seu tempo. Conquistou três títulos estaduais paulistas numa década em que o monopólio santista, comandado por Pelé e companhia, parecia insuperável.

Djalma Santos conheceu o seu terceiro clube em 1969, ao transferir-se para o Atlético Paranaense. Em Curitiba, Djalma já tinha conquistado o Mundo. Mesmo assim, contribuiu com a conquista do Campeonato Estadual de 1970, pondo fim a um jejum de 13 anos do clube sem títulos.

A despedida de Djalma Santos do Futebol ocorreu já no ano seguinte de seu último título, ainda com a camisa do Atlético Paranaense.