José Dominguez foi apresentado esta quarta-feira como novo treinador da U. Leiria, sucedendo no cargo a Manuel Cajuda. O jovem técnico, que orientava os juniores do clube, aceitou o desafio, com espírito de missão, e quer pôr a equipa a jogar bom futebol e fazê-la deixar a zona de despromoção.

«Fui um bocadinho apanhado na curva, mas como sou empregado do clube e vinha a fazer um trabalho aqui com os juniores, tinha uma ligação forte com a equipa sénior. Apesar da situação económica e a nível desportivo, devo muito desta oportunidade aos juniores, os meus meninos», afirmou o antigo jogador do Sporting, pronto para arregaçar as mangas:

«Conheço a realidade, sabemos a situação em que estamos, mas não podia virar nunca a cara à instituição. Estou aqui para ajudar, transmitir o meu conhecimento. Ainda estou numa fase de aprendizagem, mas tenho grande vontade de ajudar o Leiria. Vou tentar transmitir a este grupo a grande responsabilidade que é, para que, mais do que tudo, lutem e façam pelo seu brio profissional, numa fase final da época importantíssima.»



Os objetivos imediatos do técnico não podiam ser outros, independentemente de vir a haver ou não descidas de divisão: «O que queremos desportivamente é assegurar que não ficamos nos lugares de despromoção. Está em causa o brio profissional destes atletas. Já é o quarto treinador e complica a situação para o lado deles. Vou tentar motivá-los, acredito nesta equipa, que tem qualidade e praticado bom futebol.»

T.P.C.: conhecer o Rio Ave

O tempo urge e, já este sábado, a União recebe o Rio Ave em mais um jogo decisivo na luta titânica para salvar a equipa do regresso à II Liga. «Ainda não conheço bem o adversário e vai ser esse o meu trabalho nos próximos dias. Vou tentar ajudar a U. Leiria a praticar um bom futebol e a conseguir o maior número de pontos possível. Por vezes as coisas não têm corrido tão bem, mas vamos trabalhar para resolver alguns problemas», desvendou.

A finalizar, Dominguez deixou uma palavra para Manuel Cajuda, como sempre, um gentleman na hora da passagem de testemunho: «Em momentos de brincadeira, o mister dizia-me que ia deixar uma herança. Ele deu-me autoridade para dois dos jogadores juniores poderem sempre vir trabalhar com a equipa sénior. Aprendi muito com ele. Eu também já acompanhava sempre que podia a equipa e disse-me que se fosse preciso alguma coisa, para ajudar, ele teria disponibilidade para isso.»