Foram 90 minutos a ver jogar Elias. E foi uma boa opção. O brasileiro jogou muito bem, como fica evidente pela análise do que fez, lance a lance. Foi fundamental quando se tratou de jogar à frente da defesa, sempre com uma eficiência discreta. Podia ter ajudado a construir uma vitória mais folgada, quando Sá Pinto lhe pediu para jogar mais perto dos da frente.

Elias aparece aos três minutos a recuperar uma bola. Segue-se um passe e silêncio. Aos 10, corte. Aos 13, outro corte. Rodrigo, do Benfica, é que aparece mais no terreno de Elias. Sem sucesso. Nem um movimento. Sairá ao intervalo, muito por causa do trabalho do sportinguista.

A primeira jogada de construção aparece aos 14, o lance termina com remate de Capel ao lado. Onze minutos de sossego, sem bola. Mas com movimentos corretos, fundamentais para o equilíbrio da equipa. Reaparece aos 25, com grande passe para Wolfswinkel. Bom «roubo» de bola aos 30. Outro passe e mais outro. Corte, passe, corte, corte e a primeira perda de bola aos 45 minutos, em cima dos descontos.

Jorge Jesus retira Rodrigo do jogo. Aparece por ali Yannick Djaló. Tudo bem para Elias, até porque o avançado português acabará por cair mais para a direita. Bruno César também não sobe tanto. Elias continua na sua, posicional, tranquilo. Toque aos 50, outros aos 53. Dois passes aos 56. Um corte aos 58 minutos, seguido de uma perda de bola, coisa rara. Passe, bom, depois um passe errado. Falta aos 62. Ganha um lançamento. Desaparece um pouco, faz um passe errado aos 71 minutos. Depois dois cortes e um fantástico passe para Wolfswinkel falhar o 2-0. Nesta altura o brasileiro joga mais à frente e é nesse papel que surge, perto de decidir.

Em todo o jogo, uma falta cometida, nenhuma sofrida. Elias dominou o jogo. Vê um amarelo aos 81, por atrasar a marcação de um livre. Passe errado, recuperação, passe, passe e fecho de atuação com um corte.

Elias fecha a noite de sorriso aberto, no centro do relvado. Tem razões para isso. Foram 90 minutos de enorme qualidade, fundamental para a vitória da equipa de Sá Pinto. Em grande!