F.C. Porto e Benfica seguem a regra geral desta Liga e marcam a maior parte dos seus golos no segundo tempo. Nos 129 tentos apontados no campeonato até ao momento, 74 foram conseguidos depois do intervalo (57 por cento), contra 55 (43 por cento) na primeira parte.

Os dragões seguem quase à risca essa proporção: dos seus 15 golos, nove foram conseguidos depois do intervalo, contra apenas seis no primeiro tempo. A contribuir para esse registo, as duas vitórias por 3-0 sobre o E. Amadora e o Beira Mar, todas construídas depois do intervalo e, curiosamente, depois de Jesualdo Ferreira ter operado substituições determinantes (entradas de Postiga, no primeiro caso, de Lisandro e Anderson no segundo). Na mesma linha, surge o golo do empate em Alvalade, marcado por Quaresma, logo depois da entrada de Jorginho para o lugar de Paulo Assunção.
O Benfica também marcou mais golos na segunda parte (sete) do que na primeira (seis). Os encarnados chegaram ao intervalo em vantagem em três ocasiões, mas uma vez, em Paços, acabaram por deixar fugir o avanço no último minuto. Só por uma vez, no Bessa, a equipa de Fernando Santos foi para o intervalo sem qualquer golo, acabando por perder esse jogo por números pesados. Das duas vezes em que se registava uma igualdade (1-1) no fim da primeira parte, a vitória acabou por sorrir aos encarnados.
Das cinco vitórias que soma na Liga, o F.C. Porto consumou três na primeira parte e duas na segunda, chegando por três vezes em branco ao intervalo, enquanto o Benfica garantiu duas vitórias na primeira parte (Nacional e Leiria) e outras tantas na segunda (Aves e E. Amadora). Ao contrário do Benfica, que no domingo, com o Estrela, venceu «de virada», a equipa de Jesualdo Ferreira ainda não deu a volta a um jogo: das única vezes em que os portistas se encontraram em desvantagem acabaram mesmo por perder, em Braga, ou empatar, em Alvalade.

Distribuindo os golos por períodos de 15 minutos, vemos que o F.C. Porto é mais forte no final da primeira parte e no início da segunda (três golos entre os 31 e 45 minutos e entre os 46 e 60) mas é especialmente forte no último quarto de hora (quatro golos entre os 76 e os 90). Já o Benfica demora a aquecer: nenhum golo nos primeiros 15 minutos, havendo depois uma distribuição equilibrada pelos restantes períodos do jogo.
Quanto aos períodos em que as duas equipas são mais vulneráveis, realce para o facto de o F.C. Porto ainda não ter sofrido qualquer golo nos primeiros e nos últimos 15 minutos de cada jogo. O Benfica, por seu lado, já sofreu dois golos nos minutos finais, e um no primeiro quarto de hora. A única fase de jogo em que a equipa de Fernando Santos tem eficácia defensiva total é no recomeço dos jogos, entre os 45 e os 60 minutos ¿ precisamente uma das fases mais produtivas do F.C. Porto, que já marcou por três vezes no regresso das cabinas.
Golos do F.C. Porto
Marcados:
1-15 min. (1)
16-30 (2)
31-45 (3)
46-60 (3)
61-75 (2)
76-90 (4)
Sofridos:
1-15 min. (0)
16-30 (1)
31-45 (1)

46-60 (1)
61-75 (1)
76-90 (0)
Golos do Benfica
Marcados:
1-15 min. (0)
16-30 (3)
31-45 (3)
46-60 (2)
61-75 (3)
76-90 (2)
Sofridos:
1-15 min. (1)
16-30 (1)
31-45 (1)

46-60 (0)
61-75 (1)
76-90 (2)