O FC Porto apostou em força no mercado colombiano e foi feliz. Passaram pelo clube nomes como Fredy Guarín, James Rodríguez ou Radamel Falcao, sobram outros como Juan Quintero e Jackson Martínez. Mas nem sempre corre bem e Héctor Quiñones serve de exemplo.

Poucos dias após a cerimónia de apresentação de uma escola portista na Colômbia, em que Jorge Nuno Pinto da Costa falou sobre a forte ligação ao país, o pai de Quiñones vem a público explicar a situação do lateral esquerdo.

Contratado por 2 milhões de euros em setembro de 2012, o jovem defesa surgia como alternativa a Alex Sandro na equipa principal mas nunca passou dos Bês. Fez apenas dois jogos com Vítor Pereira, um para a Taça de Portugal e outro na Liga (frente ao Rio Ave, com nota positiva).

Dois anos mais tarde, tendo contrato com o FC Porto até 2016, Héctor Quiñones não sabe o que o futuro lhe reserva. Sem espaço no plantel principal, deixou igualmente de entrar nas contas da equipa B e tenta agora encontrar uma solução.

Na época passada, fez 33 jogos pela formação secundária dos dragões. «Agora, nem o colocaram na equipa B, nem o emprestam, nem o libertam do contrato», desabafa o pai Gustavo Quiñones, em conversa com o Maisfutebol.

«O meu filho é um rapaz tranquilo, tem esperado com o máximo de tranquilidade possível por uma definição mas o tempo passa e nada. Esperamos que tudo fique resolvido até ao final desta semana», frisa.

Em março de 2013, o lateral foi convocado por Jose Pekerman para a seleção da Colômbia. Seria uma oportunidade de ouro para a afirmação, mas Quiñones estava lesionado. O pai lamenta que o FC Porto não tenha permitido a sua viagem.

«Ele estava lesionado, é certo, mas o FC Porto enviou o relatório médico e não o deixou viajar. Ficamos tristes, porque seria bom para ele ir, contactar as pessoas na Colômbia e pelo menos ser visto pelo médico lá. Como aconteceu com o Falcao mais tarde, por exemplo. A verdade é que nunca mais foi chamado.»

Seguiu-se nova temporada pela equipa B do FC Porto, mesmo perante a falta de soluções no plantel principal para aquela posição. Agora, o vazio. «Paulo Fonseca não apostava nele e também nada mudou. Ele chegou com muita esperança ao clube mas agora percebe que se calhar o melhor é partir, ou pelo menos ser emprestado. É um jovem e o seu futuro está em jogo.»

Héctor Quinoñes tem 22 anos. «No Mundial sub-20 esteve em grande destaque e foi considerado o melhor da Colômbia, até à frente de James Rodríguez. O James evoluiu bastante, o Héctor não teve oportunidades. Se as tivesse, provaria que teria condições para disputar o lugar com Alex Sandro.»

«Vamos esperar até ao final da semana. Há valores que o Héctor tem direito a receber do FC Porto e isso deve ser reconhecido, para além do dano causado. Acho que o Porto está a ter um comportamento egoísta em relação a ele, mas essa é a minha posição, ele é que tem vivido a situação e pretende resolver da sua forma, portanto esperemos», remata o pai do jogador.