A intenção de regular as acções de empresários e agentes de jogadores através da emissão de licenças FIFA é um fiasco assumido pelo próprio organismo que preside ao futebol mundial. A conclusão foi assumida no congresso que decorre nas Bahamas, com os delegados ao congresso a serem informados de uma estatística impressionante: apenas 25 por cento das transferências de jogadores envolvem agentes FIFA devidamente credenciados.
Advogados, familiares de jogadores e outro tipo de intermediários assumem, na maior parte dos casos, responsabilidades pelas negociações, um dado que representa a falência do modelo de controlo em vigor, que desde 2001 passou a ser supervisionado pelas Federações nacionais: «Se só um quarto dos negócios envolve agentes oficiais, então é porque algo não funciona. Há demasiados intermediários envolvidos nesta altura», assumiu o secretário geral da FIFA, Jerome Valcke.
O dirigente anunciou a criação de um subgrupo para estudar o problema, com a participação de representantes da classe de jogadores, FIFPRO: «Não estamos satisfeitos com o actual estado de coisas e vamos ver o que se pode fazer para alterá-lo», concluiu.