Já está há algum tempo à venda em Portugal a última versão de «Football Manager», o simulador de gestão de futebol que herdou a equipa de pesquisa de «Championship Manager» e se assumiu como líder incontestável de mercado. «Football Manager 2006» eleva ainda mais a fasquia e coloca-se perto da perfeição. Talvez por isso, as alterações em relação ao título anterior não abundem e a aposta continue a ser: em equipa que ganha não se mexe. Mas estamos perante um verdadeiro fenómeno, um fenómeno de massas, que pega na tradição do velhinho CM e passa pelo tempo como se só agora tivesse sido criado para revolucionar o mundo dos jogos para computador.
O princípio é simples. Só quem criou «Championship Manager» podia fazer um jogo tão bom ou melhor. Foi o que aconteceu com «Football Manager». Só existe porque muito do que estava no título mais antigo foi herdado pelo novo, face ao fim da cooperação entre as várias empresas que contribuíam para o jogo e à separação de direitos. Mudar de nome poderia ser um obstáculo sério, mas pouco tempo depois de a versão 2005 ter sido lançada era já um sucesso. Afinal, os adeptos de um passaram a ser adeptos do outro. E há quem jogue os dois ou tenha abandonado em definitivo o CM. Porque o FM é melhor.
«Football Manager 2006» é o melhor simulador de gestão de futebol. Continua a pecar por coisas antigas, como falhas na linguagem no motor 2D do jogo, ou na sobre ou subavaliação do preço de jogadores. Mas tudo o resto anda perto da excelência. Se no motor 2D pouco foi mudado, além de ter sido aumentada a complexidade da maior parte das jogadas - o que diminui a capacidade de se prever como vão acabar -, o treinador tem agora a possibilidade de interagir com a equipa ao poder falar aos jogadores, à parte ou em grupo, ao intervalo e no final de cada encontro. Por vezes, só isso estabelece a diferença entre um empate e uma derrota.
A base de dados é complexa, enorme. Não há erros assustadores na avaliação de jogadores, embora em alguns casos pareça que esta não está bem de acordo com a ideia que já tínhamos sobre os mesmos. Mas como sempre, o jogo vem com um editor que pode corrigir o problema, se ligamos assim tanto à realidade. Não é fácil avaliar milhões de jogadores sem que haja alguma falha. É mesmo impossível.
Um bug é, no entanto, irritante. A contabilização dos estrangeiros na Liga portuguesa, sem que haja um filtro para os que são comunitários. Qualquer equipa está limitada à utilização de sete não-portugueses, excluindo os brasileiros, que não são considerados estrangeiros. O site FM Portugal já disponibilizou o primeiro patch de correcção, mas este só funcionará se criar um novo jogo. Um pequeno contratempo para quem já joga há algum tempo.
O Maisfutebol lança-lhe um desafio:
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