Kylian Mbappé manifestou-se agastado com as criticas que lhe apontam um rendimento inferior na seleção, numa entrevista concedida à RTL, logo após a difícil vitória alcançada pelos Blues na Bósnia (1-0), em jogo da fase de qualificação para o Mundial 2022. Para o avançado do Paris Saint-Germain, a pressão sobre os franceses que jogam em França é maior do que para aqueles que chegam do estrangeiro.

«Isso já cansa, sobretudo quando jogas por um clube do teu país, quando dás tudo pela seleção nacional… Chega a um momento que cansa, sim. A situação é diferente para os jogadores que jogam no estrangeiro, que só vêm a França para jogar na seleção. Eu estou lá todo o tempo, fala-se muito mais. Mas sabia que ia ser assim quando assinei pelo PSG», começa por dizer.

Além das exibições da seleção, Mbappé também é pressionado constantemente sobre o seu futuro. Vai sair? Vai prolongar com o PSG? «Vamos ver. Claro que (os críticos) também desempenham um papel. É a única coisa que interessa. O mais importante é sentir-me bem onde estou e divertir-se todos os dias. Se tivesse avançado (o processo de renovação), já teria vindo falar sobre isso. Vou falar quando tomar uma decisão», destacou.

Voltando à seleção, para Mbappé, nesta altura, os pontos são mais importantes do que a qualidade da exibição. «É difícil, com a sequência de jogos, as diferenças horárias, as longas viagens… não temos tempo para recuperar bem. Isso tem impacto na qualidade do espetáculo. As pessoas não se divertiram como estavam à espera, mas estamos aqui para marcar pontos, não para agradar. Conseguimos sete pontos em nove, o que não é mau», referiu.

Na mesma entrevista, Mbappé aborda já o reencontro do PSG com o Bayern Munique na Liga dos Campeões, depois da final perdida em Lisboa. «O contexto é diferente, é uma eliminatória com dois jogos. O Bayern é uma grande equipa. Vamos ter de dar o melhor de nós para conseguir passar, mas antes disso há um jogo importante para o campeonato (frente ao Lille), que é outro objetivo prioritário», referiu ainda.