Frederico Gil: «Não fico surpreendido com português na final»

Uns quartos-de-final históricos, um «jogo espectacular» na óptica de Frederico Gil que vai defrontar o compatriota Rui Machado, nesta sexta-feira, no Estoril Open. É a primeira vez que um tenista português vai marcar presença nas meias-finais do torneio.

Após a vitória sobre o colombiano Santiago Giraldo, Gil falou em conferência de imprensa, na qual disse que «não ficaria surpreendido» se ele ou Rui Machado fossem à final.

«Estou a subir de forma e o Rui está muito confiante», disse Frederico Gil, na antevisão ao duelo com o compatriota, colega e amigo. «Conheço muito bem o Rui Machado, treinamos todos os dias, partilhamos treinador [João Cunha e Silva], almoços, jantares, até quarto», contou o tenista português, número 133 do ranking ATP.

«Como disse, conhecemo-nos bem, mas somos muito diferentes, temos personalidades distintas, embora sejamos bons amigos, que é preciso neste mundo», continuou Gil. «Mas isso não interessa nada para o jogo», considerou.

Machado ou Gil estarão na semi-final e este último admite que é possível um deles estar no domingo, a disputar a final do Estoril Open 2010: «Quem pode calhar na meia-final? Garcia-López ou Albert Martin? Não ficaria surpreendido se houvesse um português na final. Eu e o Rui temos nível para passar qualquer um desses adversários.»

«Não consigo fazer cara de mau»

Gil e Machado já se falaram, a pedido dos fotógrafos. «Fizemos uma sessão fotográfica há pouco, pediram-nos para fazer cara de mau, mas não consigo», riu Frederico Gil, na certeza de que sexta-feira «vai ser um dia especial, histórico para o ténis português».

Para Frederico Gil, jogar os quartos-de-final do Estoril Open não é novidade. Esta é a terceira vez que o faz. Nas anteriores, foi derrotado pelo argentino David Nalbandian e pelo número um e melhor tenista da história: Roger Federer.

«Quando defrontei o Nalbandian era um puto e ele o número três do mundo, se não me engano», recordou o português. «Lembro-me do jogo, não tive hipótese», atira. «Com Federer foi diferente, tinha mais experiência, mas foi um dia difícil, choveu, parámos o jogo três vezes e no segundo «set» não consegui manter o nível», lembrou.