O selecionador do Gana, Goran Stevanovic, revelou que as discrepâncias no grupo que participou no último Campeonato Africano das Nações (CAN) era tão grande que havia jogadores a usarem «bruxaria» contra os próprios colegas.

«Todos temos de ajudar a mudar a mentalidade de alguns jogadores, que usavam «magia negra» para se destruírem uns aos outros, e temos de conseguir impor disciplina e respeito», disse Stevanovic, num relatório da participação ganesa, revelado pela imprensa local.

O selecionador disse ainda que, após a derrota com a Zâmbia, nas meias finais, houve jogadores a «trocarem acusações». «Aprendi muito sobre o futebol africano e o comportamento dos jogadores ganeses dentro e fora dos campo», continuou.

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Confrontado com o tema, o ex-jogador ganês Sarfo Gyami mostrou-se parcialmente surpreendido. «Isso da bruxaria é algo que sempre houve, mas os jogadores usavam isso para se protegerem e em busca da melhor sorte. Nunca ouvi falar de uma situação em que usavam bruxaria uns contra os outros», garantiu à BBC.

Já durante a semana, numa conferência de imprensa, o presidente da Federação ganesa, Kwesi Nyantakyi, confessou que houve situações que não agradaram durante o torneio: «Observámos que alguns jogadores estavam lá para alcançar méritos, proeminência e excelência pessoal, em detrimento do coletivo.»