O Sporting venceu neste sábado o Bétis de Sevilha por 3-2, na Maia, conseguindo à quinta oportunidade bater um adversário de primeira liga na pré-temporada. Para trás tinham ficado empates com Lyon, PSG e Benfica e uma derrota com a Académica.

A vitória surgiu, mas as indicações continuam a não ser especialmente animadoras. De um jogo lento e sem sabor especial, vale sobretudo o disfarce proporcionado pelo sal de quatro dos cinco golos apontados. O primeiro e o último do Sporting (Quaresma e Cristiano Ronaldo) foram primores de execução, o segundo dos leões encheu a vista pela jogada de Quaresma antes de servir Pedro Barbosa e no segundo dos espanhóis viu-se o regresso, que se saúda, do instinto matador de Alfonso, numa cabeçada que dexou Tiago pregado ao relvado.

Desta vez, Laszlo Bölöni só insistiu no sistema de três centrais durante 20 minutos, talvez um pouco menos. Percebeu, do banco, que havia espaço a mais e gente a menos no meio-campo e tratou de fazer avançar para lá Ricardo Fernandes, que começara como ala esquerdo. O regresso ao modelo de quatro defesas fez o Sporting ganhar ligeiro ascendente e chegar à vantagem, que perderia pouco depois, quando Joaquín abriu o livro, Quiroga facilitou e Alfonso fez o seu primeiro da noite.

A segunda parte começou bem para os leões, com novo ascendente no marcador. Perto do final o Bétis empatou, materializando um certo domínio que o cansaço dos portugueses entretanto permitia, mas para os últimos momentos ainda estava reservada uma cena de luxo. O tal vistoso golo de Ronaldo fechou as contas e deixou mais feliz um Sporting que ainda desenvolve o seu jogo com demasiados solavancos e procura a melhor forma de se posicionar dentro de campo.