O MOMENTO:

87 minutos, golo de Corona: Depois de estar a vencer por 2-0 e ver o União da Madeira empatar, o FC Porto tinha dois adversários. Além da formação madeirense, os portistas lutavam contra o tempo. A vitória era o único resultado que servia para quem quer ainda lutar pelo título e ela acabou por tardar, mas chegar. Aos 86 minutos, Corona tocou para Suk, que lhe devolveu para o remate rasteiro com o pé esquerdo à entrada da área. A bola entrou junto ao poste esquerdo. Ricardo Campos ainda tocou, mas não evitou o terceiro dos dragões. Estavam garantidos os três pontos.

A FIGURA:

Herrera: Excelente trabalho no meio campo portista, embora, aqui e além, pontuado por algumas perdas de bola em lugares cruciais. Ainda assim, traz garra e qualidade à equipa portista. Bons pormenores a deixar os adversários pelo caminho e a levar a bola para junto da área do União. Marcou o segundo golo portista num soberbo trabalho individual e não baixou os braços, nem caiu de rendimento, quando a formação insular conseguiu o empate.

OUTROS DESTAQUES:

Sérgio Oliveira: Uma estreia a titular coroada com um belíssimo passe que acabou por dar origem ao golo inaugural do FC Porto. Uma excelente prestação na primeira parte e início da segunda, com bons passes, a distribuir jogo no meio campo. Foi afetado psicologicamente pelo empate e começou a fazer cada vez mais passes errados, mas acabou por recuperar. Mostrou, já mais do que uma vez, que o facto de não ser mais utilizado não o desmoralizou e que o treinador tem que o ter em conta ao escalar o onze titular.

Corona: Nem tudo lhe saiu bem, mas o golo aos 87 minutos salvou a equipa do empate e valeu os três pontos. Foi dos que menos acusou o empate, acreditou sempre, e acabou por conseguir fazer o golo.

Maxi: Confere experiência a um setor onde o FC Porto tem apresentado muitas fragilidades, até por causa das constantes alterações. Muito seguro a defender na primeira parte, por exemplo, com um corte impecável quando Amilton apareceu com perigo na área portista, e oportuníssimo a subir para levar a equipa para o ataque. Mesmo em esforço chegou para dar sequência a um belíssimo passe de Sérgio Oliveira, que Aboubakar converteu em golo. Depois, caiu com a equipa e podia ter feito mais nos lances dos golos do União.

Aboubakar: Mais um jogo desinspirado, em que muita coisa lhe saiu mal, mas a conseguir um precioso golo. Podia e devia ter marcado outro, ainda na primeira parte, mas, frente a frente com Ricardo Campos, atirou contra o guardião.

Danilo Dias: Como gelar um dragão em chama em apenas cinco minutos. Rápido, oportuno, e certeiro. Apareceu duas vezes à boca da baliza para responder a cruzamento de Cadiz e empatar um jogo que o FC Porto estava a vencer por 2-0. Com dois tiros certeiros tirou o discernimento a vários jogadores portistas, que demoraram muito tempo até se recomporem.

Cadiz: Pouco mais de meia hora de jogo, mas o suficiente para deixar uma marca indelével no encontro. Duas assistências que resultaram de um trabalho de rapidez na desmarcação a fugir aos jogadores portistas e depois a deixar para o cúmplice, Danilo Dias, que não desperdiçou.

Diego Galo: Em grande parte do encontro foi omnipresente, mas foi quase. No sítio certo, à hora certa, para cortar vários lances de perigo portistas, incluindo uma bola em cima da linha de golo quando o jogo estava empatado 2-2.

Amilton: Na primeira parte foi homem a temer na formação insular. Aproveitou muito bem as perdas de bola portistas no meio campo para lançar contra-ataques rápidos. Viu Maxi antecipar-se-lhe e Casillas, com uma grande defesa, negar-lhe um golo.