A UEFA rejeitou hoje (sexta-feira) a criação da Euroliga, admitindo, no entanto, alguma preocupação com as divergências entre os clubes europeus. «A proposta para a criação de uma Liga especial para um número limitado de clubes está completamente rejeitada», afirmou o chefe executivo da UEFA, Gerhard Aigner, depois de uma reunião de dois dias da comissão executiva. 

Gerhard Aigner afirmou que a Euroliga «não é a solução» questionando se «existirá mercado para outra Liga». O chefe executivo da UEFA afirmou ainda que, para já, não tinha intenções de fazer alterações ao modelo actual da Liga dos Campeões, nem no modelo da Taça UEFA. 

«O aumento da distância entre os clubes dos grandes países europeus e dos países mais pequenos não começaram com a abertura da Liga dos Campeões. Apenas acrescentámos mais equipas e mais jogos à competição». Para Gerhard Aigner a razão das disparidades existentes entre os clubes de futebol europeus «começaram em 1995 com a Lei de Bosman».  

A proposta para a criação da Euroliga foi apresentada po seis países europeus, incluíndo Portugal, em que Sporting e Benfica apoiam o projecto. Escócia, Bélgica, Holanda, Dinamarca e Suécia são os outros países que defendem que a Liga dos Campeões asfixia os clubes dos países menos poderosos, monopolizando as receitas do campeonato e das transmissões televisivas.