Paulo Turra não quer ser o sucessor de Litos. O central brasileiro que o Boavista contratou ao Palmeiras sabe que o antigo capitão boavisteiro era um dos elementos mais influentes do conjunto de Jaime Pacheco, mas faz questão de estabelecer as diferenças: «O Litos o Litos, eu sou eu!» 

Esta afirmação, porém, nada tem de negativo para com o defesa agora do Malaga. Bem pelo contrário... «Sei a qualidade do Litos. Sei que é um belíssimo jogador, teve uma grande importância neste clube, tanto dentro como fora das quatro linhas. Mas eu sou necessariamente diferente e só espero fazer com que a torcida não tenha muitas saudades do Litos». 

O jogador recordou que também já foi capitão nos clubes onde passou no Brasil e manifestou a sua convicção de que poderá conseguir um bom entendimento com Pedro Emanuel, o mais provável companheiro na defesa: «Nunca há entendimento perfeitos, mas espero entender-me com os colegas da defesa», observou. E essa esperança não surge por acaso: é que Paulo Turra está a gostar da caracerísticas do futebol português. «É um futebol rápido, onde são muito importantes a velocidade e as marcações», refere, sublinhando que isso o beneficia, porque é compatível com a sua forma de jogar. 

«Boavista pratica futebol moderno» 

Paulo Turra considera também que o Boavista actua de acordo com um estilo de futebol moderno, que o agrada: «Estou aqui há 15 dias, mas em função do que já deu para ver, o Boavista joga de uma forma moderna. Todos têm que marcar, há um grande dinamismo na equipa». O brasileiro acredita, por isso, que vai conseguir integrar-se bem no conjunto. 

O brasileiro confessa que não conhece «nada» do Beira Mar, o adversário dos boavisteiros no encontro de amanhã. Sobre as hipóteses que tem de ser titular já amanhã, reserva essa questão para Pacheco, mas recorda: «Aqui ainda só joguei em Santo Tirso, e no Brasil só tinha actuado 45 minutos. Espero recuperar o ritmo o mais rápido possível».