Nuno Abreu, o defesa que o Benfica cedeu ao Felgueiras, foi um dos protagonistas do último encontro do ano 2000 em Portugal. Na partida a contar para a Taça de Portugal, frente ao F.C. Porto, que os azuis e brancos venceram por 3-0, Nuno Abreu esteve no centro da polémica, quando um lance disputado com Pena provocou um corte na mão do avançado brasileiro. 

Dois dias depois da partida, no primeiro dia do ano 2001, Nuno Abreu recordou ao Maisfutebol o lance que tantas críticas suscitou em responsáveis portistas como Pinto da Costa e Fernando Santos: «Fiquei surpreendido com as declarações dos responsáveis do F.C. Porto. Julgo que não têm razão para estar indignados. Quem viu as imagens na televisão sabe que o aconteceu foram lances normalíssimos no futebol. Neste jogo, aconteceu comigo e com o Rafael, amanhã pode acontecer com jogadores do F.C. Porto». 

Nuno Abreu fez questão de reforçar que o lance com Pena foi completamente fortuito: «Claro que foi uma situação involuntária. Tratou-se de um lance normal. Ia a correr, o Pena tinha a mão no chão e sem qualquer intenção toquei nele. Os pontos que ele levou foram resultado do contacto com os pitons da minha bota». 

Sobre eventuais ressentimentos do brasileiro, Nuno Abreu afastou essa hipótese. E explicou porquê: «Ainda não falei com ele depois disso, mas tenho a certeza que não ficou zangado comigo, porque sabe que não tive intenção de o magoar». 

O jogador do Felgueiras fez também a defesa do seu colega Rafael Duarte, também alvo de críticas por parte dos responsáveis portistas: «Tal como aconteceu comigo, também o Rafael não deve ser responsabilizado pelo que aconteceu. Por certo que não teve intenção de magoar o Drulovic». 

«O Porto não deu hipótese» 

Casos à parte, Nuno Abreu reconhece que a justeza do triunfo do F.C. Porto não se pode pôr em causa: «Trata-se de uma equipa muito forte e, realmente, não nos deram hipótese. Entraram a matar e resolvera o jogo nos primeiros minutos». 

A eliminação da Taça foi mais um revés para o Felgueiras, que está a fazer uma

época bem mais modesta do que é seu costume. Para Nuno Abreu, há razões para acreditar em melhorias: «De facto, estamos muito mal classificados. Ninguém estava à espera de uma situação destas, mas temos que a enfrentar. Falta a segunda volta toda e acredito que até ao fim tudo vai melhorar».