A leitura do acórdão do processo «Jogo Duplo», prevista para a próxima sexta-feira, foi novamente adiada, agora cpara 31 de janeiro de 2020.
A informação foi avançada pela Lusa e consta de um despacho judicial do Tribunal Central Criminal de Lisboa (TCCL).
Luís Ribeiro, presidente do coletivo de juízes, justifica que tem de dar «prioridade» a um julgamento e à elaboração do respetivo acórdão de um processo de especial complexidade e com arguidos presos preventivamente.
Recorde-se que este é já o segundo adiamento decretado pelo coletivo de juízes, depois da passagem de 18 de junho para 25 de outubro.
Relacionado com viciação de resultados no futebol português, o processo «Jogo Duplo» tem 27 arguidos, e o Ministério Público pede pena de prisão efetiva para seis deles: Carlos Silva, conhecido como «Aranha», e elemento da claque SuperDragões; Gustavo Oliveira, empresário de futebol; Rui Dolores, antigo futebolista; e ainda para Hugo Guedes (Moedas) e João Tiago Rodrigues (João Carela), que na época 2015/2016 representaram a Oliveirense, e ainda e Diego Tavares, então no Oriental.
Para os restantes arguidos foi pedida pena suspensa.
Esta semana o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol suspendeu quatro arguidos deste processo.
O acórdão, a que a Lusa teve acesso, pune Abel Silva, campeão mundial de sub-20 em 1989, com uma sanção de seis anos e três meses, e Gustavo Oliveira, empresário de futebol, por um período de seis anos e nove meses, condenando ambos ao pagamento de multas de 1.785 e 1.887 euros, respetivamente.
Suspensos por três anos e seis meses foram também os futebolistas João Rodrigues (João Carela) e Hugo Guedes (Moedas), por se dar como provado que estes violaram os artigos 129.º e 130.º do regulamento disciplinar, relativos a corrupção ou coação, e apostas desportivas.