Tomas Tomic, guarda-redes alemão do Guimarães, que se julgou poder ser emprestado, não foi apanhado de surpresa pela contratação do francês Palatsi. «Já sei disso», disse, ao final da manhã de hoje, à chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, acompanhado pela esposa e os dois cães de que dificilmente se separa. 

«Venho para ficar», assegurou, com um sorriso. «Tenho mais três anos de contrato e quero cumpri-los». Tomic mostrou-se ainda conhecedor da aquisição de Palatsi, que até considerou «natural», salientando que «a equipa precisava de mais um guarda-redes». Sobre o francês, que conhece de o ter visto defender a baliza do Beira Mar, no decorrer da época passada, diria que se trata de «um bom guarda-redes». 

Tomic não vê, ainda assim, o lugar em risco. «Treino sempre muito e no duro. Por isso, espero sempre jogar», explicou-se, negando-se a reconhecer vantagem ao francês. «Todos os jogadores começam do zero numa nova época», argumentou. 

As recordações da época passada e da aflição da descida fizeram-no, estranhamente, sorrir. «Este ano não pode ser pior», observou, confessando que não chegou a desesperar com a iminência da despromoção. «Tentei concentrar-me ao máximo no meu trabalho». E com uma boa razão, explicou: «Sabia que não tinha sido eu a escolher os jogadores e a fazer a equipa. O problema não era meu».