O reconhecimento da jogada surge como um flash na memória de Júlio César, o brasileiro que saíra do banco minutos antes para travar o F.C. Porto. Com um golo de se lhe tirar o chapéu. «Foi um momento de inspiração». Um momento que ficaria para a eternidade do avançado. «Foi uma felicidade enorme fazer um grande golo e ter um bom resultado logo no primeiro jogo que fiz em Portugal».
E de repente o nome de Júlio César salta para as capas dos jornais. «Foi bom, foi muito bom», diz. «A imprensa falou o meu nome, dei muitas entrevistas, todo o Portugal ficou a conhecer-me e isso ajudou-me. Desapareceu um pouco da ansiedade inicial, pude fazer o meu trabalho com mais tranquilidade e consegui realizar uma boa temporada». Na véspera de voltar a encontrar o F.C. Porto, há uma pergunta que se impõe... chapéus há muitos? «Não sei», sorri. «Se tiver uma oportunidade, não vou desperdiçá-la. É difícil acontecer estas coisas duas vezes, mas vou procurar repetir a oportunidade.
«O F.C. Porto está mais motivado, mas o Gil Vicente já tem a cabeça no lugar»
«Mas Baía traiu os seus companheiros. Inexplicável o pontapé de saída, que apanhou o corpo de Jorge Costa e o remate bonito, em chapéu, de Júlio César (76m), em quem João Alves tinha apostado apenas cinco minutos antes. O dragão caía de joelhos trespassado e o tempo começava a escassear», escreve na altura o Maisfutebol. Poderá o F.C. Porto volta a cair de joelhos trespassado? «É possível, sim», responde. «A equipa está mais à vontade, os jogadores já têm a cabeça no lugar, estão conseguindo trabalhar bem, com calma. Sabemos que o F.C. Porto vem motivado por uma grande vitória sobre o Sporting, mas estamos confiantes em conseguir os três pontos».
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