Pepe, de surpresa a quase herói
Foi a surpresa de Co Adriaanse para Ibrox. O holandês certamente esperava que Nacho Novo fosse titular e que fizesse dupla com Prso na frente. O brasileiro seria uma ajuda preciosa para Ricardo Costa e Pedro Emanuel na marcação, mas McLeish deixou o espanhol no banco e Jeffers jogou um pouco mais atrás. A aposta no capítulo defensivo de pouco valeu. Com a lesão de Pedro Emanuel passou para o meio e, na segunda parte, marcou dois golos que o tornaram quase no homem do jogo, não fosse o resultado. No último golo, foi o homem a quem coube saltar com Kyrgiakos. Não impediu o cabeceamento e o F.C. Porto sofreu o terceiro golo.
Ibson, velocidade e lucidez
O brasileiro esteve bem. Bom pulmão a correr de um lado para o outro, à frente da defesa, tapando os caminhos possíveis até à baliza de Vítor Baía. Recuperou muitas bolas, esteve sempre no sítio certo para compensar movimentos dos companheiros e ainda teve lucidez para sair a jogar com a bola no chão, estilo que criou muitos problemas ao equilíbrio dos altos e fortes escoceses.
Hugo Almeida e Quaresma, duo dinâmico
Entraram numa altura em que o F.C. Porto tinha acabado de sofrer o segundo golo e a sua missão era injectar dinâmica no ataque da equipa. Cumprida. Esforçados e empreendedores, procuraram ter a bola e não tiveram medo de partir para cima do adversário directo em direcção à baliza. Assumiram o risco e ajudaram muito o resto dos companheiros a encostar o Rangers às cordas. O extremo abriu muitos espaços na direita, ao avançado apenas faltou melhor pontaria nas escassas oportunidades que teve para marcar. A lesão de Sokota, com os portistas a ficarem apenas com dez em campo, reduziu a pressão para o conjunto de McLeish, que numa bola longa abriu o caminho para o triunfo.
Lucho a subir
O argentino começou discreto. Deixou que fosse Diego a traçar todas as coordenadas do jogo ofensivo, mas foi subindo de rendimento à medida que o brasileiro ia perdendo fulgor. Acabou o jogo como um dos melhores. Com um raio de acção muito largo, esteve sempre perto dos terrenos que a bola percorreu, cobriu bem os espaços, recuperou bolas e empurrou a equipa para a frente com um futebol simples e rectilíneo. Tentou várias vezes o remate de longe e, em duas delas, ficou perto do golo. Por muito pouco.
Prso resolve!
Foi o mais perigoso jogador do Rangers. Muito forte fisicamente e batalhador, é a referência de todo o futebol da equipa, que não hesita em longos lançamentos para a área à espera que o croata resolva. Deu muito trabalho aos centrais, acabando por fazer o segundo golo da equipa, numa jogada em que ganhou no ar a Vítor Baía.