Hélder Calviño tem contrato com o Boavista, fez-se jogador profissional nas escolas e no Bessa e mantém-se atento à carreira da equipa axadrezada na Superliga, apesar de estar emprestado ao Paços de Ferreira. Para quem vê os jogos pela televisão e lê os jornais em busca de mais informação sobre a sua ex-equipa, o retrato tenta ser o mais enquadrado possível com a realidade. «É muito difícil o Boavista ser campeão, mas pode chegar à Liga dos Campeões», diz o jovem médio de 20 anos, que dá a entender que o conjunto orientado por Jaime Pacheco pode terminar o campeonato, pelo menos, em terceiro lugar, posição de acesso à mais apetecível prova europeia.
Mas será que o Boavista pode lutar pelo título? «Esse não é o objectivo da equipa. O clube luta pela Taça UEFA e tem um excelente plantel. Pode concretizar essa meta, pois os resultados têm sido muito bons». Para já, o quinto lugar é uma realidade, a quatro pontos dos líderes F.C. Porto e Benfica. «O Boavista pretende regressar às competições europeias e até pode fazê-lo se vencer a Taça de Portugal. É uma prova que o clube apostou e pode conquistar o troféu». É o desejo de Hélder Calviño, que recupera de uma intervenção cirúrgica ao pé direito e que o impede de competir há cerca de dois meses.
No Bessa, Calviño tem muitos amigos. Um deles é Diogo Valente, que fez parte de uma sensacional equipa de juniores que conquistou o título de campeã nacional há dois anos. «Não é uma surpresa a carreira que ele está a fazer, pois já se destacava nos juniores». Palavra de quem sabe. «Tanto ele como eu fazemos parte de uma equipa que vai singrar no futebol português. Somos jovens com valor como o Diogo, eu, o Vítor Borges, o Hugo e o João Pedro». O primeiro e o último integram o plantel sénior do Boavista, os outros passaram pelo Bessa na época passada. Mas podem regressar...