O francês Thierry Henry assumiu, no final da partida decisiva do «playoff» frente à Irlanda, a irregularidade do lance que deu o empate e consequente apuramento para o Mundial da África do Sul.
«Sim, toquei a bola com a mão, mas eu não sou o árbitro. Estava atrás de dois irlandeses, a bola bateu na minha mão e eu segui a jogada. Têm que perguntar isso ao árbitro, não a mim», afirmou o avançado.
O técnico da Irlanda, Giovanni Trappatoni é que, logicamente, ficou agastado. «Não me sinto decepcionado, estou é triste pela minha equipa e pelo público. Toda a Europa viu e eu estou certo que, se o árbitro tivesse perguntado ao Henry, ele tinha admitido que foi mão. Fico triste porque ele teve tempo para perguntar ao juiz de linha e ao Henry. Preferia ser eliminado nos penalties do que assim», lamentou.
Trappatoni lembrou que, assim, não adianta falar de «fair-play» e, apesar da frustração, o treinador acabou por desejar «boa sorte» à França no Mundial, mesmo reforçando que a Irlanda «merecia ir à África do Sul».
Domenech: «Acontece a toda a gente»
O seleccionador francês Raymond Domenech tentou fugir à polémica, dizendo que não conseguiu ver o lance, mas sublinhando que «a sorte beneficia uma equipa umas vezes e prejudica-a noutras».
«Na Sérvia, expulsaram o nosso guarda-redes aos dez minutos num lance em que não era falta. Na ocasião, a arbitragem prejudicou-nos, acontece a toda a gente. Vários jogos são perdidos e outros são ganhos por causa de decisões complicadas», referiu o treinador.