O próximo adversário da Académica é o Sp. Braga. Equipa poderosa, de «outro campeonato» como é costume dizer-se, mas que coloca, ao mesmo tempo, um interessante desafio aos estudantes. Depois de uma derrota diante de um concorrente directo, como o é o Paços de Ferreira, bater um candidato às posições cimeiras, não poderia saber melhor.

«O Braga tem apresentado bom futebol nestes últimos jogos, vimos de uma derrota num campo difícil, que ficou para trás, e só penamos na vitória. Em casa, com o apoio dos nossos adeptos, penso que vamos conseguir um resultado positivo. Favoritismo deles? É a tabela. O resto, são jogadores normais como nós, motivados, mas nós também o estamos porque vamos defrontar um adversário que queremos bater», afirma Hugo Morais.

E se fosse atribuído, logo à partida, um empate como desfecho final? Bom ou mau? «Sim, para dentro do campo já vamos com ele, mas penso que esse pensamento não é o melhor. Queremos jogar para ganhar, independentemente do adversário. Só as vitórias dão moral. Sabemos que a tradição não é favorável mas não vou por ai nem os meus colegas. Depois da derrota da semana passada, o nosso desejo é ganhar ao Braga e a motivação é maior pelos resultados que eles têm feito», assegura.

Hugo Morais já foi treinado por Leonardo Jardim, no Camacha, quando o actual técnico bracarense era adjunto de José Moniz e, já nessa altura, perspectivou-lhe sucesso. «Há uns anos, foi meu treinador e deu para ver que era uma pessoa com ideias muito bem desenvolvidas. Vê-se no futebol atractivo que o Braga tem mostrado», relata o experiente médio, destacando, contudo, a «estrutura do clube» como mais-valia dos minhotos nas últimas épocas.

Renovação está longe... para já

Habituado às oscilações de uma temporada, o esquerdino da Briosa fala de forma desassombrada da recente quebra de resultados da equipa. É tudo uma questão de momento: «As coisas na vida às vezes não são normais. Há altos e baixos, como em tudo. Espero que o baixo seja curto e que apresentemos o mesmo padrão de jogo do início da época, além de resultados positivos.»

Normal também não tem sido a temporada em termos pessoais para Hugo Morais. Bastante utilizado no ano passado, tudo mudou com Pedro Emanuel. «Eu trabalho para jogar, como todos os colegas. Se o treinador opta por outro, só tenho de respeitar. Quando vim para cá, não dizia no contrato que tinha de jogar. Vejo isto com naturalidade e com o pensamento de agarrar a minha oportunidade quando ela chegar.»

A pouca utilização levá-lo, inclusive, a ponderar se continuará em Coimbra, visto estar em final de contrato: «A questão ainda não foi abordada. Se quero ficar? Não tenho resposta para isso...». Elucidativo.