Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, lamenta uma possível extinção do Clube Académico do Futebol, mais conhecido por Académico de Viseu, mas afasta da autarquia a responsabilidade pela situação que o clube da II Divisão B atravessa.
«Se houver aqui alguma eutanásia não sou eu que a aplico. Tomara eu que o Académico veja a situação resolvida. A Câmara tudo fará para o ajudar, mas na sua esfera de competência, não na dos outros», afirmou Fernando Ruas esta segunda-feira.
Desde Maio de 2004, o clube já convocou sete assembleias gerais para realizar eleições, mas até agora não apareceu qualquer candidato e a média de participações é de quatro associados por reunião. Além desta situação, os problemas financeiros, agravados pela dívida do clube ao antigo jogador Paulo Ricardo, impede a autarquia de lhe conceder um subsídio.
Na passada quinta-feira, a Direcção do Académico de Viseu alertou que, se a curto prazo não forem encontradas soluções para os problemas que fazem o clube viver em «verdadeira agonia», a instituição poder extinguir-se.
A Direcção avisou ainda que, se na próxima assembleia geral, agendada para sexta-feira, não se determinares soluções para os problemas do clube, os actuais dirigentes deixam de exercer funções.
Fernando Ruas reiterou, no entanto, que assim que o caso-Paulo Ricardo esteja resolvido, os subsídios em atraso serão regularizados. «O Académico de Viseu é dos associados, que devem debater os assuntos», afirmou o presidente da Câmara, acrescentando que à autarquia compete apenas «definir políticas de apoio».
O Académico de Viseu tem 500 atletas e é o accionista maioritário da Sociedade Anónima Desportiva que faz alinhar a equipa de futebol profissional na Zona Centro do Campeonato Nacional da II Divisão B.