O Gil Vicente votou contra o modelo de integração das equipas na Liga e na II Liga, cuja aprovação fará com que a reitegração da equipa minhota no principal escalão do futebol nacional só seja possível na época 2018/19.
«Não se vislumbram razões ponderosas, nem fundamentadas, relacionadas com a organização e funcionamento da competição profissional que tal justifiquem», disse à Lusa fonte do clube após a assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, realizada nesta terça-feira no Porto.
Os clubes decidiram por uma época de carência entre qualquer decisão judicial de reintegração transitada em julgado e a sua aplicação. Ora, no seguimento do recurso do Belenenses (referente ao Caso Mateus) ainda não foi dada razão ao Gil Vicente, se isso acontecer até ao final desta temporada, só em 2018/19, o clube poderá beneficiar deste modelo.
«Esta solução revela-se prejudicial para os direitos, interesses e expectativas do clube/sociedade desportiva que viu reconhecido por decisão judicial o acesso à participação em determinada competição profissional», alertou fonte do clube de Barcelos ainda em declarações à Lusa, considerando que a decisão tomada «desrespeita os princípios da verdade, lealdade e ética desportiva, do princípio da proteção da confiança, da segurança e certeza jurídicas, igualdade e proporcionalidade».
O Gil Vicente apoia-se no parecer do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que «assenta no alargamento, ainda que transitório, do dito quadro competitivo de cada uma das competições em causa, com a necessária alteração do regulamento das competições».