Vítor Oliveira foi o convidado desta noite do programa Maisfutebol e falou sobre o futuro, deixando em aberto a possibilidade de continuar em Portimão, após subir o Portimonense à I Liga.

«Há possibilidade de continuar em Portimão, temos conversado e tem sido positivo. É natural que possa continuar, mas também será natural que possa sair», começou por dizer e concluiu: «Estamos a discutir, há 50/50.»

O técnico tem deixado os clubes que sobe e agarra novo projeto de subida no ano seguinte, com o objetivo de lutar para ser campeão. O facto de não conseguir isso na I Liga demove-o na tentativa de continuar?

«Uma manutenção bem conseguida deixa satisfeita toda a gente. Se o clube estiver estável, e o Portimonense é um clube estável, pode começar a cimentar no próximo ano. Não se vai pedir que jogue no próximo ano para a Europa, vamos querer é que jogue de olhos nos olhos com toda a gente. Sabemos que há outros que são melhores, que vamos perder mais vezes do ganhar relativamente a esta temporada, mas pelo menos ter a consciência de um plantel que jogue olhos nos olhos. O medo de perder nunca pode ser superior à vontade de ganhar», explicou.

«Transitando a maior parte deste plantel e com alguns reajustamentos, o Portimonense pode fazer uma época interessante e que dignifique o clube. O Portimonense nas duas últimas vezes que esteve na I Liga desceu no ano seguinte e este ano tem que encarar com grande preocupação, com muito cuidado. Fundamentalmente tem que começar a solidificar o Portimonense na I Liga, porque quer para o futebol, quer para Portimão, quer para zona Sul é muito importante que o Algarve tenha equipa na I Liga», adiantou.

E será que Vítor Oliveira tem saudades da I Liga?: «Sempre disse que treinar na I Liga é melhor que treinar na II Liga, mas para treinar a qualquer preço na II Liga prefiro treinar na II Liga. É muito mais confortável. Chegar à I Liga só porque subimos não é o critério mais importante na escolha do treinador, agora se realmente chegarmos e acreditarmos no que as pessoas estão a fazer e se sentirmos que há sustentação e qualidade no plantel, e ainda as infra-estruturas, campos, balneários, postos médicos, rouparias. Se sentirmos que somos capazes de fazer boa figura, as perspetivas são boas.»