Com eleições marcadas para o dia 5 de Fevereiro, a Federação Portuguesa de Futebol continua sem adaptar os estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas. «Uma situação que não tem fim à vista», diz o presidente da Liga, que na Assembleia-Geral extraordinária deste sábado propôs uma outra reunião magna para 22 de Janeiro, de forma a tentar resolver o problema.

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«Não resta outra alternativa que não a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico. A não ser que os sócios decidam funcionar como associação de direito privado, sem utilidade pública desportiva, com as consequências que derivam do que está expresso na lei», afirmou Fernando Gomes, citado pela agência Lusa.

O próprio presidente da Federação Portuguesa de Futebol pediu às associações distritais que «cedessem um bocadinho em cada matéria», para ser alcançado um entendimento no espaço de um mês. «A Federação não pode continuar a viver nesta situação de indefinição, que tem repercussões a nível financeiro», defendeu Gilberto Madaíl.

Perante este impasse, o presidente do Sindicato de Jogadores defendeu que o líder federativo tinha apenas dois caminhos. «Se não se demitir, reúna o conselho de todas as associações», disse Joaquim Evangelista, originando uma reacção de Lourenço Pinto. «Em nenhum país do mundo um sindicato é considerado uma entidade colectiva de interesse público e sem fins lucrativos. Nunca esperei ouvir o que ouvi hoje. Dizer que se demita a quem o meteu aqui», afirmou o presidente da Associação de Futebol do Porto, que foi depois acusado por Evangelista de dizer «o que lhe mandam, e não o que pensa».