Paulo Bento foi esta segunda-feira apresentado no Cruzeiro de Belo Horizonte e vai estrear-se no banco de suplentes no próximo sábado frente ao Figueirense, na segunda jornada do Brasileirão. A equipa que foi campeã brasileira em 2013 e 2014 quer recuperar o titulo perdido em 2015, mas já começou mal, perdendo a primeira ronda com o Coritiba.

«Vamos entrar com o campeonato a decorrer, mas ao mesmo tempo é um desafio extremamente aliciante e motivador, do qual nós estamos totalmente integrados nas ideias do clube, e com todo nosso trabalho e dedicação queremos fazer o melhor trabalho para o clube.»

«Fiz o que outros treinadores fazem, tentei melhorar conhecimentos e reciclar-me ao que é o futebol e o treino. Descobrir melhores situações e formas de evoluir, tentar estar atualizado para quando aparecesse a oportunidade a aceitar. Não trabalhei porque entendi que não o devia fazer mediante algumas situações, foi também opção pessoal. Apareceu este convite e nós entendemos que devíamos aceitar, sabendo o complicado que vai ser a tarefa e também as condições que encontrámos. Tem as condições que nós achamos que são as necessárias para desenvolver um bom trabalho.»

«Tive a oportunidade de treinar jogadores brasileiros em Portugal e eram jogadores brasileiros completamente adaptados às exigências do futebol europeu, jogadores com rendimento extremamente elevado e não creio que seja totalmente verdade. Queremos trazer algumas ideias para melhorar a equipa e jogar de uma certa forma e, ao mesmo tempo, conhecer as características dos jogadores brasileiros. O jogador brasileiro nunca perderá excelente relação técnica que tem com a bola e nós queremos dar capacidade de organização. Queremos alcançar os melhores resultados possíveis.»

«É verdade que há um bom conhecimento do que é o Cruzeiro. Naturalmente, queremos alterar umas coisas. Sabemos que é uma equipa que tem jogado com dois sistemas táticos, 4-2-3-1 ou 4-3-3, queremos que assimilem as nossas ideias rapidamente. Queremos tentar preparar uma identidade, uma forma de jogar e, ao mesmo tempo, sabendo que temos jogo sábado às 21 horas, queremos chegar da melhor maneira e conquistar os três primeiros pontos no campeonato.»

«O Cruzeiro tem essa filosofia, tem bons jogadores e boas equipas nos escalões base. É verdade que tem uma quantidade elevada de jogadores jovens, mas o talento e a qualidade não têm idade. A idade ajuda a ter maturidade.»

«A língua pode facilitar a transmissão da ideia e mensagem», frisou.