O antigo avançado Maxim Tsigalko morreu esta sexta-feira aos 37 anos, confirmou o Dinamo Minsk, equipa bielorrusa na qual atuou entre 2001 e 2004.

O ex-futebolista teve uma carreira discreta - foi internacional pela Bielorrússia apenas duas vezes - mas tornou-se mundialmente conhecido por causa do popular videojogo Championship Manager 2001/02, no qual era considerado um dos jogadores mais promissores.

Tsigalko foi promovido em 2001 à equipa principal do Dínamo Minsk e foi nessa altura que o colaborador bielorusso da produtora do simulador resolveu atribuir-lhe uma nota alta e uma margem de progressão sem limites. «Eu acreditava que o futebol na Bielorrúsia tinha futuro. E nessa altura não havia restrições para as notas que podíamos colocar num jogador. E eu gostei do Tsigalko. Era rápido e tinha faro para o golo nas camadas jovens. Tinha tudo o que precisava para se tornar um avançado de topo e também era internacional. Por isso dei-lhe um rating elevado», referiu Anton Putilo numa entrevista concedida em 2013.

Entre 2001 e 2004, Tsigalko apontou 28 golos nos 65 jogos realizados pelo Dínamo Minsk. Números não mais do que razoáveis para um avançado. Dificilmente chegaria ao nível que atingiu no videojogo, mas uma lesão num joelho aos 23 anos durante um treino cortou-lhe o sonho de assumir um papel de relevo no mundo verdadeiro do futebol. «Eu era bom jogador e tinha talento. Toda a gente sabia que eu era bom. Podia jogar até aos 40 e ser o melhor marcador da Liga. (...) Tentei continuar, mas a dor era muito intensa e joguei até aos 26. A minha carreira acabou muito cedo», recordou numa rara entrevista concedida em 2018 ao jornal grego Gazzetta.

Nessa entrevista, Tsigalko assumia viver com dificuldades financeiras e problemas de saúde, sobretudo ao nível da cintura e das pernas. «Diz ao Mundo que preciso de ajuda. Por favor», apelou ao jornalista.