O primeiro-ministro croata Zoran Milanovic apelou à UEFA para não excluir o país das competições europeias de futebol por causa de uma cruz suástica desenhada no relvado durante o jogo Croácia-Itália, de qualificação para o Euro 2016.

Milanovic enviou uma carta à UEFA na qual manifestou «preocupação com o destino das equipas croatas na sequência do processo disciplinar que resultou de um triste incidente».

A UEFA abriu um processo disciplinar por racismo contra a Federação croata de futebol, depois de uma cruz suástica ter sido desenhada no relvado do jogo disputado a 12 de junho entre a Croácia e a Itália, da fase de qualificação para o Euro2016 e que terminou com um empate a um golo.

O organismo que gere o futebol europeu anunciou uma decisão para o dia 16 de julho e os croatas receiam ser banidos das provas internacionais, numa altura em que a sua seleção lidera o grupo H de qualificação para o Euro2016, à frente da seleção italiana.

«Apelo que não deixem que o Euro2016 se realize sem a participação de todas as melhores seleções», escreveu o primeiro-ministro, para quem uma sanção pesada iria «destruir a equipa, deixar uma cicatriz profunda entre os adeptos croatas e prejudicar o futebol na Croácia a longo prazo».

A polícia avançou com acusações formais contra a Federação croata e dois dos funcionários por negligência, embora a identidade destes não tivesse sido revelada.

A UEFA já tinha ordenado que o Croácia-Itália fosse jogado à porta fechada, como punição pelos incidentes de violência e racismo protagonizados por adeptos da casa quando a seleção croata recebeu a sua congénere norueguesa.

Na sequência do incidente com a cruz suástica, a Federação croata apresentou publicamente desculpas e qualificou o ato como «uma sabotagem».