Escândalo na Roménia depois do Steaua Bucareste ter impedido seis jogadores de responderem à convocatória da seleção que vai realizar um estágio de preparação, a partir desta segunda-feira, na Turquia. O clube da capital ainda manifestou-se disposto a libertar três jogadores, mas o selecionador Anghel Iordanescu recusou e pede um castigo pesado para o clube da capital.
 
Um estágio que já estava previsto, tendo em conta que a liga romena está parada desde dezembro [só recomeça a 12 de fevereiro], devido ao rigoroso inverno e que a seleção é uma das finalistas do Euro-2016. O Steaua está no quarto lugar da liga romena, a quatro pontos do líder Astra Giurgiu, e entende que, nesta altura, não pode disponibilizar tantos jogadores à seleção.
 
Iordanescu tentou negociar com o presidente do Steaua, Valeriu Argaseala, mas sem sucesso. «Estivemos cinco horas na sexta-feira a discutir com o senhor Argaseala. Cheguei a propor quatro alternativas. Todos os jogadores queriam vir, mas foram retidos. Este boicote à seleção não é justo da parte do Steaua. Todos devemos respeitar a seleção nacional», atirou Iordanescu.
 
A seleção acabou mesmo por partir esta segunda-feira rumo à Turquia, levantando ainda mais vozes indignadas, nomeadamente dos outros clubes que também dão jogadores à seleção. «É um estágio a pensar no futuro. O Astra, o Pandurii, o Dínamo e outros também forneceram jogadores. O Steaua preferiu boicotar a seleção. Acredito que a federação e o comité executivo terão de analisar a situação e tomar uma decisão difícil contra o Steaua», destacou ainda o selecionador à partida para a Turquia.
 
Para colmatar as ausências dos jogadores do Steaua, IOrdanescu chamou, à última da hora, Gabi Enache (Astra) e Dragos Nedelcu (FC Viitorul Constanța). Uma polémica que pode vir a ter consequências na convocatória final para o Euro-2016. «Este torneio marca basicamente o início da preparação para o Euro, estava marcado desde outubro», referiu ainda Iordanescu.