Ngconde Balfour, ministro do Desporto de África do Sul, admitiu a existência de falhas na organização do jogo de quarta-feira à noite em Ellis Park, Joanesburgo, no qual morreram 43 pessoas e 155 ficaram feridas. 

«Esses sul-africanos que morreram jamais deveriam ter morrido», afirmou Balfour à televisão pública SABC, sublinhando que se se tivessem tomado as medidas adequadas, tendo em conta o alto risco que o jogo representava, «a tragédia nunca ocorreria». 

«Vamos examinar toda logística da reunião. É necessário, primeiro, perceber por que é que tudo correu mal», acrescentou Ngconde Balfour. Seja como for, o responsável governamental sul-africano admitiu que a questão da sobrelotação é incontornável para se perceberem as causas da tragédia: «O estádio tem capacidade para 65 mil pessoas. Estavam 120 mil. Com tamanha multidão, os problemas tinham que acontecer». 

Também o antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, comentou a tragédia, lembrando que o futebol na África do Sul tem sido um facto de unidade entre a população: «Nós, os fãs e apoiantes do desporto, temos de continuar a garantir esta cultura de unidade entre a população. Este incidente não nos poderá dividir», afirmou o histórico dirigente sul-africano.