O guarda-redes chileno Rojas, celebrizado por ter protagonizado um incidente no Maracanã, durante um jogo da fase de qualificação para o Mundial de 1990, ao simular ter sido atingido por um foguete luminoso, viu a FIFA retirar-lhe a pena de irradiação, readmitindo-o no universo do futebol. 

A decisão, anunciada na segunda-feira, mereceu do ex-inernacional chileno, actual treinador de guarda-redes do São Paulo, um desabafo aliviado: «Acho que foi feita justiça, depois de eu ter pago pelos meus erros. Com 43 anos, é pouco provável que volte a jogar futebol profissional, mas pelo menos esta decisão limpa-me a alma e restitui orgulho à minha família». 

Recorde-se que Rojas desencadeou uma reacção violenta da FIFA, depoir de ter sido provado que o guarda-redes simulou ter sido atingido por um foguete luminoso, que na verdade caiu a alguns metros do local onde se encontrava. No seguimento da falsa lesão de Rojas, toda a equipa chilena abandonou o campo com o placar em 1-0 para o Brasil, tendo a FIFA posteriormente ratificado uma vitória de 2-0 para os brasileiros, bem como determinado a sanção de diversos responsáveis pelo futebol chileno, e o afastamento da equipa das qualificações para o Mundial-94. 

Contratado pelo São Paulo em 1991, como técnico de guarda-redes, Rojas tem permanecido no clube paulista, onde é creditado com a formação de Rogério Ceni, actual dono da baliza do escrete.