À mesma hora em que Barcelona e At. Madrid decidiam a Liga espanhola num duelo ao pôr-do-sol, Wembley era palco de uma das finais de Taça de Inglaterra mais vibrantes dos últimos anos.

A ficha do jogo

Ao fim de nove anos (mais precisamente oito anos, 11 meses e 25 dias, segundo este contador) o Arsenal quebrou o jejum de troféus, conseguindo um triunfo dramático sobre o Hull (3-2, após prolongamento).

O triunfo dos «gunners», a 11º Taça do seu historial, igualando o recorde do Arsenal, segue-se à pior entrada em cena de que há memória: ainda antes de completado o nono minuto, a equipa de Wenger já perdia por 0-2, fruto da desatenção em bolas paradas, que permitiu aos centrais do Hull, Chester e Davies, baterem Fabianski por duas vezes.

O pesadelo do Arsenal esteve quase a ser agravado ainda antes dos 15 minutos, em mais um cabeceamento de Chester, que Gibbs tirou sobre a linha de golo. No entanto, logo a seguir, um livre direto magistralmente cobrado por Cazorla (17 minutos) relançou os londrinos para a discussão do jogo e empurrou o modesto Hull para a defesa da vantagem mínima.




Com razões de queixa da árbitragem (penaltis por assinalar, sobre Giroud e Cazorla) e com falta de pontaria à mistura (dois remates nos ferros de McGregor) o Arsenal foi acentuando a pressão, e chegou ao empate em mais um golo de bola parada, com o central Koscielny a concluir na pequena área.

A partir daí, o jogo foi para prolongamento, e era difícil não adivinhar o desfecho, tal o ascendente mantido pelos «gunners» nesta fase final. As entradas de Wilshere e Rosicky, na etapa final do prolongamento, deram a machadadafinal na defesa do Hull, com a reviravolta a consumar-se num golo magnífico de Ramsey, após passe de calcanhar de Giroud.

Foi a primeira vez desde 2006 (Liverpool-West Ham) que uma equipa conseguiu anular um défice de dois golos para conquistar o troféu – e a primeira desde 1966 em que um 0-2 é anulado sem necessidade de recorrer a penaltis.