Quarta-feira, 19 de outubro de 2016. Santi Cazorla lesiona-se no triunfo gordo do Arsenal sobre o Ludogorets (6-0) na fase de grupos da Liga dos Campeões.

A lesão grave no tornozelo direito marca o início de um longo período de recuperação que ainda não chegou ao fim.

Nesta sexta-feira, a história do médio campeão europeu por Espanha em 2008 e 2012 faz manchete na Marca, o jornal desportivo mais vendido do país vizinho.

Nela, Cazorla abre o jogo. Fala do sofrimento, das lágrimas e dos medos. De tudo pelo qual tem passado não só desde 2016 mas desde 10 de setembro de 2013, altura em que começaram as dores no tornozelo direito num particular entre Espanha e Chile realizado em Genebra, Suíça. Seguiram-se tratamentos conservadores e infiltrações para que não parasse, mas as dores persistiam.

Até que o tendão de aquiles do pé direito finalmente no tal jogo com o Ludogorets. Seguiu-se uma operação e um período expectável de paragem relativamente curto: três semanas. Só que a ferida não cicatrizava e seguiu-se uma infeção grave e quase misteriosa.

«Em Inglaterra disseram que já poderia dar-me por satisfeito se conseguisse voltar a passear com o meu filho no jardim», recorda.

Ao todo foram oito as operações ao tornozelo. Delas, guarda na memória uma em maio passado já em Espanha, depois de terem desistido dele em Terras de Sua Majestade. «Tinha uma infeção tremenda que me tinha deteriorado o osso calcâneo e comido parte do tendão de aquiles. Faltavam-me oito centímetros.»

Escreve o jornal Marca que lhe foram detetadas três bactérias agressivas e que lhe podiam ter causado, no limite, a amputação da perna.

Agora, com o calvário a chegar ao fim, Carzorla já olha para o regresso aos relvados pelo Arsenal, clube ao qual está ligado até ao verão de 2018. Um recomeço prestes a completar 33 anos.