Arséne Wenger está preparado para, aos 65 anos, dar início à sua vigésima temporada à frente da equipa técnica do Arsenal e garante que, nos tempos mais próximos, não pretende seguir as pisadas de Alex Ferguson e também dar por concluída a sua carreira. Aliás, o treinador francês revela que cada vez que pensa nisso, treme por todos os lados.

«Reforma? Sim, às vezes passa-me pela cabeça, mas não mais de cinco segundos porque entro em pânico», atirou antes de contar um episódio, relativo à época passada, quando encontrou Alex Ferguson, já reformado, em Old Trafford. «Diz lá, não sentes falta?», perguntou o treinador francês. «Não. Já tive o suficiente», respondeu o escocês. Para Wenger, vinte anos de Arsenal ainda não são «suficientes».

Além disso, recorda Wenger, o seu antigo adversário tem uma vantagem que não é de desprezar. «O Ferguson vai a todos os jogos e tem cavalos. Eu não tenho cavalos», atirou ainda.
 

Wenger chegou ao Arsenal proveniente do Monaco em 1996 e, logo nas duas primeiras temporadas, somou duas «dobradinhas», mas já não vence a Premier League desde 2003/04, na temporada em que conquistou o título sem derrotas.