O défice acumulado dos clubes italianos das primeiras quatro divisões é de 428 milhões de euros, tendo aumentado 80 milhões de euros (23 por cento) relativamente à temporada passada. Estes são os dados da auditoria efetuada pela Arel e PricewaterhouseCoopers (PwC), entregue à Federação italiana (FIGC), e que fez disparar a preocupação nos dirigentes responsáveis pela área do desporto.

O ministro italiano com a pasta dos desportos, Piero Gundi, já assumiu a preocupação de forma clara: «Noutras atividades económicas, com tais números, podia-se falar de empresas à beira da falência», admitiu. No estudo anual, divulgado pela Gazzetta dello Sport, fica claro que as perdas dos clubes da Série A na época passada rondam os 285 milhões de euros e que apenas 19 dos 107 clubes analisados, nas primeiras quatro divisões, têm saldo positivo.

Os três grandes da Serie A, Juventus, Inter e Milan, têm a maior fatia das contas negativas, com défices de, respetivamente, 94, 87 e 70 milhões de euros, respetivamente. Nápoles (4,2 milhões de euros), Udinese (2,9) e Catania (6,4), são os clubes da série A que apresentam contas positivas pela quinta época seguida.