Leonardo Jardim considera que não alterou o modelo de jogo no dérbi com o Benfica, ao juntar Slimani e Montero, e admite voltar a recorrer ao mesmo esquema frente ao Olhanense, mas talvez apenas no decorrer do jogo, como já vinha a acontecer antes do jogo da Luz. O treinador explicou ainda a aposta repentina em Heldon para o jogo da Luz.

«As pessoas falam muito na estrutura, mas em termos estruturais a equipa não se altera assim tanto porque jogamos sempre com dois avançados na frente, mas sempre no esquema de um mais um. Às vezes utilizamos jogadores com características diferentes e as pessoas pensam que mudamos o modelo de jogo. Umas vezes joga o Montero mais atrás e noutras joga o André Martins. O que muda são as características que cada um tem. Quando coloco um jogador como Montero nas costas de Slimani quero mais jogo aéreo, maior presença na área, quando jogam outros, dou prioridade à construção. É uma opção, se não for inicialmente, pode ser durante o jogo», explicou.

Quanto à aposta rápida em Heldon, que entrou no onze poucos dias depois de ter chegado ao clube, o treinador considera que foi benéfica para o grupo. «O futebol de alta competição vive de rendimento e a competitividade interna é importante para os jogadores se valorizarem. O Heldon jogou porque achei que devia jogar e mostrou qualidade. Apesar da nossa exibição não ter sido positiva, foi um dos jogadores que teve melhor rendimento», começou por destacar.

«As minhas decisões são tomadas em função do rendimento, não do tempo em que os jogadores estão cá. Mas eu confio no Heldon, como confio no Capel, no Carrillo, no Wilson Eduardo ou no Carlos Mané», acrescentou.