A imprensa espanhola desfaz-se em elogios à exibição de João Félix. Os quatro grandes jornalistas desportivos do país têm artigos de análise ao desempenho do português e sublinham sempre palavras elogiosas.

O Mundo Deportivo, por exemplo, diz que apresentou a todos uma hora de futebol «para acreditar que este João Félix é o do Benfica e não o do Atlético», adiantando que «a cara dele mundou» e que agora «tem sangue, porque a habilidade técnica já era conhecida».

Já na Marca pode ler-se que «a camisola blaugrana combina muito bem com João Félix», que «foi o melhor do jogo» e que «ele sozinho resolveu o jogo na primeira parte».

O As, que como a Marca é um jornal de Madrid, escreve que foi um «jogaço impressionante do português na estreia como titular», adiantando que «neste momento Simeone deve estar roendo as unhas, vendo como deixou escapar um jogador de tão alto nível».

Num outro artigo do As diz-se que «João Félix foi brilhante e confirmou ponto a ponto tudo o que se suspeita dele: transborda talento». «É capaz de tornar o futebol fácil e bonito, sem necessidade de alarde», acrescenta o jornalista Juan Jimenez.

Já o Sport, de Barcelona, escreve que «é um jogador especial e no Barça parece que terá o habitat para atingir o sucesso, longe das restrições que lhe impunha Simeone». O jornalista sublinha que «esteve genial e deixou toques brilhantes, inclusivamente um golo», para concluir que foi uma «espetacular carta de apresentação aos adeptos».

Xavier Muñoz, Mundo Deportivo:

«A cara dele mudou. Começou com um golaço e uma assistência fantasma, o que mostra que nem sempre o futebol e a estatística se dão bem. No 1-0 mostrou aos adeptos culé que este português tem sangue, porque a habilidade técnica com que o conseguiu já era conhecida. Ele inventou o segundo golo sem sequer tocar na bola, para fazer Lewandowski sorrir. E agora que fazemos? Considerámos que foi um passe de João Félix para golo? Os aplausos, quando foi substituído, são um grande sinal. Uma hora para acreditar que este João Félix é o do Benfica e não o do Atlético.»

Luis F. Rojo, Marca:

«A camisola blaugrana combina muito bem com João Félix. Depois das más experiências no Atlético e no Chelsea, o português sabe que esta é a sua grande oportunidade de voltar a ser aquele grande jogador que chegou a Espanha. Em apenas 45 minutos venceu o desafio e colocou o Barcelona como líder provisório. Xavi não hesitou em dar-lhe a titularidade, ciente de que boa parte do sucesso futuro de João Félix passa por um aumento na sua auto-estima, e ele sozinho resolveu o jogo na primeira parte.»

Javier Miguel, As:

«Jogaço impressionante do português na estreia como titular. Não só por conseguir abrir o marcador, após grande passe de Oriol Romeu, mas pelo sacrifício defensivo e enorme talento. Neste momento Simeone deve estar roendo as unhas, vendo como deixou escapar um jogador de tão alto nível.»

Jordi Gil, Sport:

«João Félix tinha o desafio de convencer no seu primeiro jogo como titular em Montjuüic e esteve genial. Deixou toques brilhantes, inclusivamente um golo, para dar razão a quem acreditou no seu talento. Começou entender-se bem com Lewandowski, que, apoiado pelos portugueses e por Ferran Torres, melhorou seu desempenho.»

Juan Jiménz, As:

«João Félix foi brilhante e confirmou ponto a ponto tudo o que se suspeita dele: transborda talento. É capaz de tornar o futebol fácil e bonito, sem necessidade de alarde. Como no golo, ou naquele simples gesto de deixar a bola passar entre as pernas para o 2-0 de Lewandowski. Este é o melhor João Félix, aquele que não se perde em quezílias. O João Félix que se dedica a jogar e coloca a bola onde quer, porque tem esse dom. Aquele que o Barça precisa para vencer os jogos nos grandes dias e aquele que definirá, nesta temporada crucial, qual é a sua real classificação no futebol mundial. A histórica cultura de jogo do Barça irá ajudá-lo. E possivelmente também a sua posição em campo. Partindo daquela posição híbrida entre extremo, interior e médio, naquele quadrado que Xavi imagina para o Barça, João Félix sente-se muito confortável.»

Santi Nolla, diretor do Mundo Deportivo

«Para começar, brilhou. É possível que no Barça tenha acabado de encontrar a consistência e continuidade que não teve no Atlético, exceto na primeira temporada. Certamente Simeone sentiu a falta dele no terrível jogo que o Atlético disputou em Valência. Desde 2019 não perdia por três golos na Liga.»

Jordi Gil, Sport:

«É um jogador especial e no Barça parece que terá o habitat para atingir o sucesso, longe das restrições que lhe impunha Simeone. Fez um golo a resolver uma bola difícil e com uma simulação muito plástica abriu as pernas para Lewandowski marcar o segundo. Espetacular carta de apresentação aos adeptos.»

Javier Gascón, Mundo Deportivo:

«João Félix é um avançado brilhante, daqueles que quando aparece é para fazer estragos, com registos técnicos indetetáveis ​​pelas bases de dados. Porém, além de valorizar o facto de ter marcado o golo mais importante na opinião dos treinadores, o 1 a 0, aquele que abriu o resultado, devemos destacar o que suas estatísticas não refletirão: a mobilidade inteligente por trás do Os médios do Betis, tanto para receber como para abrir uma estrada na ala esquerda para Alejandro Balde, e, o que é mais importante, a assistência 'invisível' que deu a Lewandowski no 2-0.»

C. Navarro, Marca:

«João Félix fez sua estreia a titular, depois de ter chegado no último suspiro do mercado, e foi o melhor do jogo. Colocado mais por dentro, e até como médio, e saindo da ala para dar espaço a Baldé. Comprometido com a defesa. Assumiu a responsabilidade de marcar as faltas. Muito ativo e com vontade de agradar, o português abriu o marcador com um bom golo aos 25 minutos e fez um grande gesto técnico para o golo de Lewandowski ao deixar a bola passar.»