Outro dos espectadores atentos é João Vieira Pinto, companheiro no Benfica e na Selecção nacional. «Somos amigos desde miúdos e as nossas carreiras cruzaram-se. Sinto-me orgulhoso por ter jogado com ele. Estamos em situações idênticas na nossa carreira, à beira do final, e desejo-lhe a maior sorte para o futuro», declarou ao Maisfutebol.
João Pinto recorda velhas memórias que ainda fazem os dois amigos soltar algumas gargalhadas: «Fomos companheiros de quarto durante o Europeu de 1996, quando ele estava a jogar na Fiorentina. Ligou-lhe aquele que era, na altura, candidato à presidência do Benfica, Vale e Azevedo, e eu estava a ouvir ao lado. Convidou o Rui para voltar ao Benfica e prometeu-lhe que seria capitão, quando eu é que o era. Brincámos com isso, claro, porque sabíamos com quem estávamos a lidar.»
Juntos tornaram-se campeões do mundo de juniores em 1991, quando Rui Costa marcou o penalty decisivo frente ao Brasil com cerca de 120 mil pessoas a assistir no «velhinho» Estádio da Luz.
Também juntos foram campeões na temporada de 1993/1994 e a ribalta trouxe propostas apetitosas para ambos. João Pinto optou por continuar em Portugal por motivos pessoais; Rui Costa viajou para Florença, naquela que foi uma transferência recorde da época: cerca de seis milhões de euros.
Dois dias depois do seu 21º aniversário, Rui Costa estreou-se pela selecção principal, num encontro com a Suíça. O primeiro grande teste com a equipa das quinas foi o Europeu de 1996 em Inglaterra, onde a «geração de ouro» foi eliminada pela República Checa nos quartos-de-final da prova.
Este texto faz parte do Especial do Maisfutebol dedicado a Rui Costa, publicado durante este sábado.
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