Domínio de bola excelente, visão de jogo única, remate quase sempre eficaz. Estas são algumas das qualidades que fazem de Rui Costa um dos grandes ícones do futebol nacional. Os 36 anos comemorados este sábado até parecem não pesar quando olhamos à qualidade do futebol apresentado pelo «maestro».
Outro dos espectadores atentos é João Vieira Pinto, companheiro no Benfica e na Selecção nacional. «Somos amigos desde miúdos e as nossas carreiras cruzaram-se. Sinto-me orgulhoso por ter jogado com ele. Estamos em situações idênticas na nossa carreira, à beira do final, e desejo-lhe a maior sorte para o futuro», declarou ao Maisfutebol.
João Pinto recorda velhas memórias que ainda fazem os dois amigos soltar algumas gargalhadas: «Fomos companheiros de quarto durante o Europeu de 1996, quando ele estava a jogar na Fiorentina. Ligou-lhe aquele que era, na altura, candidato à presidência do Benfica, Vale e Azevedo, e eu estava a ouvir ao lado. Convidou o Rui para voltar ao Benfica e prometeu-lhe que seria capitão, quando eu é que o era. Brincámos com isso, claro, porque sabíamos com quem estávamos a lidar.»
Juntos tornaram-se campeões do mundo de juniores em 1991, quando Rui Costa marcou o penalty decisivo frente ao Brasil com cerca de 120 mil pessoas a assistir no «velhinho» Estádio da Luz.
Também juntos foram campeões na temporada de 1993/1994 e a ribalta trouxe propostas apetitosas para ambos. João Pinto optou por continuar em Portugal por motivos pessoais; Rui Costa viajou para Florença, naquela que foi uma transferência recorde da época: cerca de seis milhões de euros.
Dois dias depois do seu 21º aniversário, Rui Costa estreou-se pela selecção principal, num encontro com a Suíça. O primeiro grande teste com a equipa das quinas foi o Europeu de 1996 em Inglaterra, onde a «geração de ouro» foi eliminada pela República Checa nos quartos-de-final da prova.
Este texto faz parte do Especial do Maisfutebol dedicado a Rui Costa, publicado durante este sábado.