Aitor Karanka, braço direito de José Mourinho no Real Madrid, afirmou que os madrilenos deviam estar na final da Liga dos Campeões, se os jogos da meia-final da prova com o Barcelona tivessem corrido de acordo com a normalidade.

«Pela forma de jogar do Barcelona, abordaram-se os jogos de forma diferente. Pensámos que era o melhor e estou convencido que se tudo corresse com normalidade tínhamos chegado à final da Champions e não se falava da constituição da equipa no segundo jogo», disse o técnico espanhol à revista «DT», referindo-se à polémica arbitragem da eliminatória.

Apesar das críticas, Karanka admite que o «Barcelona foi claramente superior» na Liga espanhola e que o Real «tem de melhorar muitas coisas para o ano».

O espanhol falou, ainda, da admiração que nutre por José Mourinho. «Em 20 minutos, mal abri a boca e saí cativado por ele. O mister não deixa ninguém indiferente. Fala sempre na cara e não distorce as coisas. É capaz de convencer todos de que não há nenhum objectivo inalcançável. Mas não fomentou nenhum anti-madridismo. Há oito anos, quando jogava no Real Madrid, já nos apedrejavam o autocarro», explicou.

Karanka quis deixar «um par de exemplos da humanidade» de Mourinho. «Depois da polémica com Manuel Preciado, telefonou-lhe quando faleceu o seu pai. Vi em Murcia, quando lá jogámos para a Taça do Rei, como lhe caiam as lágrimas ao falar com uma criança com uma doença terminal que o Pedro León lhe tinha apresentado», contou.