Klas Ingesson morreu nesta quarta-feira aos 46 anos. O treinador sueco do Elfsborg morreu devido a um cancro no sangue, com a designação clínica de mieloma múltiplo. Não tem cura. É somente tratável. Klas Ingesson lutava contra a doença desde 2008. O seu corpo não resistiu mais tempo ao cancro. Mas a luta que travou está a deixar o seu nome gravado para sempre.

 

O sueco deixou a sua marca no futebol durante a década de 1990, como jogador. Foi um médio de qualidade internacional 57 vezes pelo seu país. Ingesson participou nos Mundiais de 1990 e 1994 (onde a Suécia ficou em terceiro lugar neste último). Jogou em seis campeonatos europeus onde representou Gotemburgo, Mechelen (ao lado de Preudhomme), PSV, Sheffield Wednsday, Bari (com Abel Xavier), Bolonha, Marselha e Lecce.

 

 

Mas foi como treinador que Klas Ingesson passou a ser uma referência maior; uma referência para o que é não desistir e lutar, até sempre. Foi já com o cancro detetado e a sua sentença conhecida que o sueco foi treinar os sub-21 do Elfsborg. Três anos depois passou a comandar a equipa principal. A sua força contra o destino traçado garantiu-lhe um lugar ímpar no futebol da atualidade, como foi contado nesta MF Total em abril.

 

 

As homenagens, o reconhecimento, foram-se sucedendo ainda em vida. Mas, neste domingo, Klas Ingesson já não pôde estar no banco do Elfsborg devido à sua debilidade física. Os seus jogadores levaram camisolas também em homenagem ao seu treinador. O sueco de 46 anos morreu nessa quarta-feira. Os tributos após a morte também não demoraram a fazer-se. Não apenas pelo seu clube de agora, que ao meio-dia local juntou jogadores, treinadores, funcionários e adeptos para um serviço fúnebre, mas pelos seus outro clubes, como o Bolonha.

 

Imagem do site do Elfsborg;

 

 

Imagem do site do Bolonha

 

 

As redes sociais repercutiram com dezenas de mensagens a dimensão que Klas Ingesson ganhou quando passou a significar muito mais do que os resultados desportivos pelos quais dedicou a carreira.

 

A nível institucional, a FIFA, ou o seu antigo clube na Holanda, o PSV, assinalaram o seu desaparecimento.

 

 

 

 

Mas também clubes adversários em campo ficaram ao seu lado na vida e na morte por tudo o que ele acabou por deixar.

 

Como o Inter...

 

 

E como o Rio Ave.

 

 

O clube português cruzou-se com o Elfsborg em Agosto deste ano nas pré-eliminatórias da Liga Europa. O treinador Pedro Martins confessou como é impossível ficar indiferente ao que o sueco continuou a fazer contra tudo: «Tenho a certeza que muitas crianças sonham e amam o futebol, muitos jogadores continuam a sonhar e a amar o futebol porque simplesmente encontraram em Klas Ingesson o exemplo perfeito.»

 

As muitas despedidas de anónimos nas redes sociais, as não menos notícias sobre a sua morte, toda essa multiplicidade de reações ao seu desaparecimento físico traduzem que Klas Ingesson garantiu a presença imortal na memória coletiva.