Ljubinko Drulovic reconhece que o FC Porto foi «o clube mais importante da carreira», mesmo que tenha passado depois para o rival Benfica, ao longo de duas temporadas, na fase terminal da mesma. O antigo avançado salienta que, mesmo enquanto representou os encarnados, os portistas não o esqueciam.

«Lembro-me de um jogo na Luz em que estava no banco e quando saí para aquecer, atrás da baliza era só adeptos do FC Porto. Quando me levantei, os adeptos cantaram por mim. Foi um momento marcante», afirmou, em entrevista ao Porto Canal.

Reconhecendo que nem todos aceitaram a mudança para o rival, Drulovic considera, porém, «normal», que assim seja.

E recorda um caso marcante, já quando estava no Partizan e se cruzou com o FC Porto de José Mourinho na Liga dos Campeões. «Algumas pessoas assobiaram quando estava no meio campo para entrar. O Mourinho veio e deu-me um abraço e isso mudou logo tudo. Depois de entrar o Jorge Costa só me dizia: vá, sai daqui…sai daqui», recorda.

De qualquer forma, Drulovic não tem dúvidas: o FC Porto está acima de todos na sua carreira.

«Foi o clube que me marcou mais. Faz parte de mim e da minha história. É um clube que me deu tudo. Ganhar títulos, jogar a Liga dos Campeões, chegar à seleção. É o clube mais importante da minha carreira», rematou.

«Fui culpado pela vinda do Kralj»

Outro episódio curioso contado por Drulovic esteve relacionado com a chegada de Ivica Kralj ao FC Porto. «Fui culpado pela entrada do Kralj aqui», contou.

«Estávamos na seleção a preparar o Mundial 98. Ele veio falar comigo, disse que o FC Porto estava interessado e eu convenci-o. Disse que o FC Porto era um grande clube. Pensei que Kralj era muito ambicioso, mas entrou aqui e talvez não se tenha adaptado muito bem. Começou muito bem e foi muito bem recebido. Não se adaptou ao trabalho que fazíamos aqui. Não estava preparado para treinar muito forte. Tinha muito talento, mas na altura todos olhavam para a baliza do FC Porto e lembravam-se do Vítor Baía», recordou.