O Peñarol garantiu, esta madrugada, a qualificação para a final da Taça dos Libertadores da América. Os uruguaios perderam por 2-1 em Buenos Aires, mas bem podem agradecer ao compatriota Tanque Silva, que desperdiçou o penalty que colocaria o Vélez no jogo mais desejado.

O conjunto de Montevideu volta a uma final da taça continental 24 anos depois, período que corresponde também à distância para o último título. No José Amalfitani, valeu-lhes o golo apontado por Mier, curiosamente o primeiro do encontro, depois de ter vencido no seu estádio, na primeira mão, por 1-0.

O marcador foi inaugurado aos 33 minutos. Ortiz afastou mal uma bola e, quando teve nova hipótese, fez uma rosca. Olivera passou-a para Martinuccio, que serviu Mier, na esquerda. O remate rasteiro, em esforço, bateu Barovero e colocou o Vélez a três golos da final.

O empate surgiu em cima do minuto 45. Zapata raspou de cabeça após um livre, o guarda-redes Sosa não segurou e Tobio fez a emenda.

Na segunda parte, os argentinos caíram em cima do rival. Aos 66 minutos, chegou o 2-1. Tanque Silva, antigo jogador do Beira Mar, rematou de pé esquerdo para um golo de belo efeito, com a bola ainda a bater no poste esquerdo antes de entrar, depois de servido para trás por Martínez.

O mesmo Martínez, aos 75, cavou o penalty que daria a qualificação. No entanto, Tanque Silva escorregou na hora do tiro e a bola saiu por cima para desespero dos adeptos. O Vélez pode

Santos e Peñarol reeditam a final da Libertadores de 1962. O «Peixe» levou a melhor então e conquistou o seu primeiro título. Em Montevideu, os brasileiros ganharam 2-1, mas depois perderam no Vila Belmiro por 3-2. Foi necessário um desempate em campo neutro, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, e aí o Santos voltou a vencer por 3-0.