Sem Frank Ribéry, nem Arjen Robben, Thomas Müller será,com certeza, uma das figuras do ataque do Bayern Munique que esta terça-feira defronta o FC Porto no Estádio do Dragão em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. O avançado de 25 anos, nasceu dois anos depois da histórica vitória da equipa portuguesa em Viena, em 1987, mas está com uma enorme expetativa para defrontar a equipa de Julen Lopetegui.

«Sei que é um jogo histórico, mas ainda tinha nascido em 1987. Não tenho experiências nenhumas com FC Porto. Nunca os defrontei, mas estou com expetativa no que diz respeito à equipa e ao estádio. Espero que tenhamos um bom jogo. É uma equipa forte. Mais uma vez os pormenores vão fazer a diferença», começou por destacar.

Quando o FC Porto bateu o Bayern no Prater, de facto, ainda faltavam dois anos para Müller nascer. «Tenho de lamentar mas não tenho recordações, as minhas primeiras recordações começam aos 4/5 anos. Não apanhei nada desse jogo. Sei que acabou 1-2 e que houve uma derrota e sei que um dos golos foi marcado com a cabeça», acrescenta o jovem internacional alemão.

O Bayern aterrou no FC Porto com baixas de peso. Além de Ribéry e Robben, Guardiola não vai poder contar com Alaba e Schweinsteiger e Benatia. «Tentamos ser um grupo muito unido, somos menos jogadores por causa das lesões. Mas demonstrámos, no jogo com o Bayer [Leverkusen], que somos capazes. Estamos mais próximos, com uma equipa mais reduzida, que não permite tantas substituições. O jogo com Bayer foi muito intenso. Temos um grupo muito solidário. A concorrência é grande, mas o que temos de manifestar no jogo é união. As experiências que tivemos com Bayer, Dortmund e Frankfurt foram muito boas para nós e aumentaram a nossa autoestima», comentou.

Ausências que obrigam a equipa a adaptar-se no Dragão. «As ausências mudam um pouco as coisas, mas temos outras soluções. O Mario [Götze] tem de preparar o terreno muito bem. Temos de ter muitos cruzamentos, jogar de fora para o interior. Temos de respeitar cada jogador e as capacidades que tem», acrescentou ainda.

Um avançado que os portugueses têm bem cravado na memória, por mais que não seja pelos três golos que marcou no verão passado na goleada que a Alemanha impôs a Portugal no Campeonato do Mundo. «Quero manter essa reputação. É o meu objetivo amanhã», destacou o avançado que, com treze golos na Bundesliga, está a realizar uma das melhores épocas de sempre. «Vamos ver como corre o jogo. No futebol as coisas mudam num instante. Os números são bons, tento sempre o meu melhor. Umas vezes bem, noutras não corre assim tão bem. Depois de seis anos como profissional no Bayern é impossível ficar pior. Aprendemos muito e o treino ajuda-nos a ficar melhor», referiu.

Quanto ao FC Porto. «Joga à maneira da Europa do Sul, gostam da posse de bola», contou ainda..