Poder catalão, triunfo da lógica. Arte sacra blaugrana em frente na Liga dos Campeões, boa imagem deixada pelo Arsenal na catedral de Camp Nou: 2-1 em Espanha após os 0-2 de Londres, sempre para o Barcelona.

Marcou primeiro o N, depois o S e o M ficou para o fim. Noite MSN em enésima versão e exibição. Que luxo!
O mundo assiste à competência circense de uma das mais belas equipas na história do futebol.

Pela nona temporada consecutiva, o Barcelona está nos quartos de final da Liga dos Campeões. Nunca antes alguém conseguira este registo.

FICHA DE JOGO E A PARTIDA AO MINUTO

Gerir quando é preciso, arriscar nos períodos certos, ter a tríade MSN para deliciar as mais soberbas plateias. Mesmo em noites de inspiração média, como esta diante do Arsenal, o Barcelona ostenta pedaços de futebol cristalino: receção, passe, tabela em progressão e por aí fora. 

O Arsenal, atenção, fez uma exibição extremamente interessante. Talvez até merecesse mais um golo, pelas oportunidades criadas em momentos de alguma condescendência catalã.

Danny Welbeck disparou à trave de Ter Stegen, Giroud obrigou o alemão a uma boa defesa, Mascherano tirou o pão da boca a Welbeck no instante certo.

Tudo verdade, tudo redigido com alegria e crença, mas envolvido no domínio de uma galáxia azul grená, estudada e aplicada com uma qualidade que só os livros de História um dia poderão retratar com justiça.

TUDO SOBRE A LIGA DOS CAMPEÕES

O Barcelona três dois golos, um na primeira parte, dois na segunda. Por Neymar - passe de Suárez, minuto 18 -, pelo próprio uruguaio, minuto 64, num pontapé acrobático a entrar no ângulo superior esquerdo da baliza bem defendida por David Ospina - e pelo divino Leo Messi, já perto do fim: pé esquerdo a prometer vida eterna à bola, Ospina batido com ternura.

Pelo meio respondeu o Arsenal. Elneny, em jeito, transformou em golo um passe perfeito de Alexis Sánchez, minuto 50. Mas pouco mais podia o gigante de Londres fazer. A diferença de qualidade é grande e um Barcelona apenas normal saiu com a certeza de ser muito melhor.

M-S-N, com três letrinhas apenas se escreve o lado selvagem de uma equipa que vive a seduzir.