A Direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) reuniu-se esta terça-feira à tarde no Porto, onde admitiu existir uma probabilidade para que as arbitragens passem a ser avaliadas com recurso a um sistema de vídeo. O director e executivo Cunha Leal reconheceu mesmo a possível alteração que poderá vigorar já a partir da próxima época.
«Há uma forte tendência para que os jogos passem a ser todos filmados e visionados», disse o director executivo da LPFP. Cunha Leal afirmou também que espera ter propostas mais elaboradas por partes dos clubes para a próxima reunião da Liga, a 15 de Junho.
Outro dos assuntos em discussão foi o «registo de contratos e números de jogadores nos plantéis». «Iremos analisar as propostas apresentadas e dia 15 de Junho estaremos mais firmes naquilo que queremos apresentar na próxima Assembleia Geral», sublinhou Cunha Leal
O director executivo acrescentou que o próximo campeonato português ainda não tem denominação definida, já que «ainda não foi encontrado nenhum parceiro institucional» para substituir a Galp Energia.
Boavista defende regresso ao sorteio puro dos árbitros
Na reunião da LPFP o Boavista, sexto classificado da Superliga 2004/05, defendeu a ideia apresentada pela U. Leiria que consiste no regresso ao sorteio puro dos árbitros. João Loureiro, presidente do Boavista, também quer acabar com a figura dos observadores dos árbitros e a adopção de um sistema de avaliação dos juízes com recurso ao vídeo.
«O Boavista apoia de forma peremptória o regresso ao sorteio puro dos árbitros. Apoiamos também a ideia de acabar com os observadores e aceder a um sistema de classificação através de vídeo» afirmou João Loureiro explicando que «tudo isto» deverá ser posto em prática «enquanto a arbitragem estiver sob a alçada da Liga, o que acontecerá pelo menos até à alteração da Lei de Bases do Sistema Desportivo».
O dirigente mostrou-se favorável à saída da arbitragem da Liga no caso de não serem os clubes a suportar os cerca de três milhões de euros do seu custo por época. «Até podemos apoiar a saída, mas a arbitragem em Portugal custa 2,5 a 3 milhões de euros por ano. Os árbitros são razoavelmente bem remunerados e os clubes em má condição financeira têm de suportar estes e outros custos», acrescentou.
O presidente dos «axadrezados» pretende ainda que os «poderes públicos esclareçam se estão dispostos a custear este orçamento, pois se forem os clubes a continuar a pagar, mais vale que a arbitragem fique na Liga».