O FC Porto deu um grande passo rumo à fase de grupos da Liga dos Campeões. O Xeque na esperança de um Mate no Estádio do Dragão. Triunfo para a equipa de Lopetegui, que terá surpreendido o seu adversário. Tello entrou para iniciar o lance decisivo do encontro. 0-1 por Hector Herrera, com uma hora de jogo.

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A formação azul e branca superiorizou-se ao terceiro classificado da última Ligue 1 em vários períodos de jogo. Porém, faltou-lhe alguma profundidade ao longo da etapa inicial, algo que mudou com a entrada de Cristian Tello (uma vez mais, a saltar do banco para agitar).

Um minuto depois, o espanhol fugiu pela direita e surgiu o tento do FC Porto. Momento festejado pelos adeptos portugueses num estádio com cobertura, por desejo do Lille e decisão da UEFA, algo que incomodou os dragões.

Julen Lopetegui inovou ao apresentar o onze do FC Porto. Se a entrada de Casemiro era de certa forma previsível, ninguém esperaria o sacrifício de Ricardo Quaresma, capitão na jornada inaugural da Liga.

O técnico espanhol reforçou o setor intermediário, colocando Casemiro (bela exibição) na posição 6 e libertando Rúben Neves para outras funções. O médio de 17 anos manteve a titularidade, tornando-se assim o português mais jovem a disputar a Liga dos Campeões, uma marca anteriormente detida por Cristiano Ronaldo.

Rúben Neves voltou a demonstrar toda a sua qualidade, sobretudo em posse de bola. Ou seja, a liberdade que teve para surgir em outras zonas do relvado foi-lhe benéfica. Ficou na retira uma finta sobre um adversário, à moda de Zidane, e a participação no único golo do encontro. Sinais promissores.

Mais à frente estava Herrera, com Brahimi e Óliver Torres a cair nos flancos. Tudo nas costas de Jackson Martínez, numa estratégia que garantiu superioridade no capítulo da posse de bola.

O FC Porto entrou melhor na partida, ocupou bem os espaços e demonstrava qualidade em posse, do meio-campo para a frente. Chegou a ter 70 por cento de posse de bola, sem contudo incomodar Enyeama com regularidade.

Do outro lado, Origi era a principal ameaça. O Lille foi crescendo e terminou a primeira parte por cima. Corchia, lateral adaptado a extremo, foi o mais rematador mas não conseguiu aproveitar.

Os dragões regressaram para a segunda parte com a mesma disposição e nada mudaria até à entrada de Cristian Tello, ao minuto 59. Pensou-se que Herrera seria o sacrificado, mas Lopetegui optou por Brahimi e ganhou a aposta.

Logo depois, Herrera abriu na direita. Tello tocou para Rúben Neves e apareceu mais à frente. O português devolveu. O espanhol fez um compasso de espera e cruzou para o cabeceamento de Jackson Martínez. Eneyeama sacudiu para a frente mas surgiu Herrera (lá está) a empurrar para o fundo da baliza.

Golo importante na eliminatória. René Girard respondeu de imediato, apostando em Rony Lopes e mais tarde em Ryan Mendes e Roux. O Lille teve um par de oportunidades para chegar ao empate, sobretudo ao cair do pano, mas aceita-se o resultado perante a exibição mais personalizada do FC Porto.