Os golos foram de Wolfswinkel e Insúa, tal como em Zurique, e ainda que o argentino tenha pregado depois uma partida aos colegas, o Sporting domina o Grupo D da Liga Europa. Um ano e oito meses depois, os adeptos leoninos voltam a saborear uma série de cinco vitórias consecutivas. Há muito tempo que o ambiente em Alvalade não era tão bom.
O desejo tardou mas não falhou
Domingos tinha assumido a vontade de voltar a marcar cedo, e a equipa procurou fazer-lhe a vontade. É verdade que golo demorou um pouco mais do que em Vila do Conde e Zurique, e mesmo na recepção ao V. Setúbal, mas o certo é que a equipa leonina conseguiu, uma vez mais, tirar proveito de um excelente arranque.
Com um toque subtil mas vistoso, aos 21 minutos, Ricky van Wolfswinkel deu sentido a uma entrada de garras afiadas. De forma gradual mas pouco demorada, a equipa leonina instalou-se no meio-campo italiano. A pressão alta proporcionava várias recuperações de bola em terrenos adiantados, e a Lazio mal tinha tempo para pensar no contra-ataque. Depois, em posse de bola, o Sporting procurava ser dinâmico e versátil. Para chegar à baliza de Marchetti tanto servia jogar pelas alas como procurar Wolfswinkel como referência. O importante era variar.
Após o golo, a equipa leonina teve de baixar um ritmo impossível de suportar durante noventa minutos. Procurou um repouso activo, controlando a reacção italiana. Em bola corrida conseguiu-o, mas o trauma das bolas paradas permitiu o empate. Klose voltou a marcar em Alvalade (já o tinha feito pelo Bayern).
A cinco minutos do intervalo o Sporting via-se obrigado a voltar à carga, ainda a tempo de readquirir a vantagem. Wolfswinkel começou por rondar a baliza com um remate cruzado, para depois Insúa, já em período de descontos, marcar com um belo remate de fora da área.
Insúa, da festa à «traição»
A Lazio ficou sem treinador ao intervalo, mas a expulsão de Edoardo Reja teve um efeito bem menos nefasto do que a de Insúa, logo após o reatamento. O lateral argentino viu dois cartões amarelos com o jogo parado e condenou a equipa da casa a trocar a audácia pelo rigor defensivo.
Lançado ao intervalo, Cissé foi o primeiro a tentar o empate, mas só aos 72 minutos é que a Lazio conseguiu realmente assustar, ainda que em dose tripla. Sculli, também saído do banco, obrigou Patrício a defesa apertada, e depois Cissé atirou à trave, para depois Konko atirar ao lado. Domingos sentiu necessidade de reforçar a muralha, e fez entrar Carriço. A Lazio voltou a estar perto do empate a três minutos do fim, com Rocchi a cabecear ao lado, mas pouco mais.
O jogo acabou com Sculli no chão, a pedir penalty de Carriço (que existe), mas com os jogadores leoninos a reclamarem também posição irregular prévia. O árbitro nada assinalou, e o Sporting segurou um triunfo que fez por merecer. Pela qualidade de jogo da primeira parte e pelo espírito de sacrifício da etapa complementar.
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